O secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen, afirmou nesta sexta-feira que a organização, como foi decidido em 2008, está aberta para a entrada da Ucrânia.
Rasmussen disse que a organização respeitará a decisão do parlamento ucraniano, que definirá se o país abandonará a política anterior e ingressará na Otan.
"Não vou interferir nas discussões políticas da Ucrânia, mas me permita recordar a decisão tomada pela Otan na cúpula de Bucareste, em 2008, por meio da qual a Ucrânia se tornará um membro da Aliança Atlântica se assim o desejar e cumprir os critérios necessários", explicou Rasmussen.
Após uma reunião extraordinária da Comissão Otan-Ucrânia realizada a pedido de Kiev, Rasmussen afirmou que a Ucrânia seguiu até agora uma política de "não adesão" à organização multilateral com sede em Bruxelas.
Os 28 integrantes da Otan "respeitam plenamente" as decisões da Ucrânia sobre política de segurança e ingresso em alianças, disse Rasmussen, mas também "respeitaremos completamente se o parlamento ucraniano decidir mudar essa política".
"Porque defendemos o princípio de que cada nação tem o direito de decidir por si mesma, sem interferência de fora", afirmou o secretário-geral.
"Esperamos que outros países adotem o mesmo princípio", afirmou Rasmussen em referência à Rússia. O secretário-geral, no entanto, disse que esse tema não foi abordado na reunião.
O governo da Ucrânia enviou hoje ao parlamento um projeto de lei para renunciar ao seu status neutro e recuperar o processo de ingresso na Otan iniciado pelo ex-presidente Viktor Yushchenko após a Revolução Laranja de 2004.