As ações do Brasil de segurança e defesa durante a Copa do Mundo 2014 foram citadas como exemplo de planejamento bem sucedido durante VI Fórum de Inteligência e Segurança Hemisférica (FISH), realizado entre os dias 18 e 20 de agosto, em Santiago de Cali, na Colômbia.
O encontro reuniu representantes civis e militares de agências e departamentos de Inteligência de 26 países americanos e de 3 três países europeus, para tratar de temas como: crime organizado, delitos transacionais, narcotráfico e tráfico de armas e de pessoas. Sobre esses assuntos, cada país pôde demonstrar a forma de atuação de suas estruturas de Inteligência e Segurança e debater com os demais participantes diversas formas de como melhorar o funcionamento dos sistemas Defesa.
Representante do Brasil no encontro, o subchefe de Inteligência de Operações Conjuntas do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, contra-almirante José Luiz Corrêa da Silva, fez uma apresentação sobre o planejamento, em nível estratégico e operacional, executado na Copa do Mundo em 12 cidades-sede brasileiras.
O modelo adotado pelo Brasil foi amplamente elogiado pelos participantes do encontro. “Diante do vulto e complexidade do evento, e levando em consideração a grandeza territorial do país, a atuação do Brasil foi amplamente satisfatória”, disse o Chefe de Inteligência e Contrainteligência de Defesa da Colômbia, general Martin F. Nieto, o anfitrião do evento.
As operações de cooperação e ajuda mútua conduzidas pelo Brasil no continente americano, como a Operação Ágata, também foram debatidas entre os participantes do Fórum, que chegaram a sugerir que o País lidere o esforço para o fortalecimento da integração da Inteligência no âmbito do Conselho de Defesa Sul-Americano (CDS).
Outros assuntos que tiveram destaque durante as discussões do Fórum trataram do plano estratégico adotado pela Colômbia para controle de violência em suas regiões mais complicadas e que, hoje, já apresentam situação mais amena.
O combate à convergência entre o terrorismo, em suas diversas formas, e o crime organizado transnacional também foi tratado pela representante do Centro de Estudos Hemisféricos de Defesa da Universidade Nacional de Defesa dos Estados Unidos, Celina Realuyo. A professora destacou a preocupação com o uso do espaço cibernético pelos terroristas que, operando em redes, conseguem criar uma forma de apoio logístico, com foco na lavagem de dinheiro, para o financiamento de atos promovidos por organizações criminosas e grupos terroristas mundo afora.
Em sua 6ª edição, o Fórum de Inteligência e Segurança Hemisférica (FISH) é realizado uma vez por ano para fortalecer a cooperação na área da inteligência estratégica e contribuir para o estreitamento das relações entre os países das Américas do Sul, Central, do Norte e do Caribe.