Nádia Franco
O Exército israelense criou ontem (3) uma equipe para reunir informações e provas sobre a ofensiva que mantém contra o grupo islâmico Hamas, na Faixa de Gaza, para evitar eventuais acusações de crimes de guerra. Segundo o jornal diário Haaretz, a equipe é liderada pelo chefe do gabinete de Planejamento do Exército, Nimrod Sheffer.
O Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) criou, em 23 de julho, uma comissão internacional para investigar possíveis violações cometidas durante a ofensiva israelense na Faixa de Gaza, iniciada em 8 de julho, depois de aludir que Israel pode ter cometido crimes de guerra. Em resposta, Israel acusa o Hamas de cometer crimes de guerra, por atacar civis indiscriminadamente.
A equipe ora formada pelo Exército israelense vai reunir informação que comprove o uso de civis como escudos humanos, por facções armadas palestinas, incluindo vídeos e documentação em posse da força aérea de Israel.
As facções palestinas que compõem a missão de negociação que está no Cairo – capital do Egito chegaram, entretanto, a acordo sobre um documento com as principais reivindicações que vão ser entregues aos mediadores egípcios, segundo fontes palestinos.
As mesmas fontes adiantaram que os grupos palestinos, em reunião na capital egípcia, concordaram em participar das negociações para um cessar-fogo na Faixa de Gaza. Entre as reivindicações da delegação palestina, liderada pelo líder do Fatah, Azzam Al Ahmad, estão a retirada das forças israelenses de Gaza, a libertação de prisioneiros e o desbloqueio da fronteira.
Sobre o levantamento do bloqueio a Gaza, estão incluídos os direitos de pesca, reconhecidos no acordo de novembro de 2012, que pôs fim à anterior ofensiva de Israel sobre Gaza.