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Rússia anuncia rendição de mais de 400 soldados ucranianos

Mais de 400 soldados ucranianos em missão no leste do país se renderam e foram admitidos em território russo, anunciou uma fonte das forças de segurança de Moscou, uma informação confirmada apenas parcialmente por Kiev e sem o anúncio de um número concreto.

"Os soldados ucranianos solicitaram um corredor humanitário durante a madrugada de segunda-feira na fronteira entre Rússia e Ucrânia", afirmou Vasili Malaev, diretor regional do Serviço Russo de Segurança (FSB), citada pelas agências Interfax e Tass.

"Os guardas de fronteira russos abriram um corredor humanitário e admitiram 438 soldados do exército ucraniano, que entregaram as armas. Entre eles estava um ferido, que foi hospitalizado em Gukovo" (sul da Rússia, perto da fronteira com a Ucrânia), completou Malaev.

Um porta-voz ucraniano procurado pela AFP afirmou, sem divulgar um número, que soldados ucranianos "se viram obrigados a seguir para um posto de fronteira russo depois de uma tentativa de ataque".

"Mas estes soldados não se renderam", afirmou Oleksi Dimitrashkivski, porta-voz da "operação antiterrorista", como denomina o departamento ucraniano responsável pelas operações militares contra os separatistas pró-Rússia no leste do país.

No mês passado, Malaev anunciou a rendição de mais de 40 soldados ucranianos.

As forças ucranianas tentam há várias semanas cortar as linhas entre os redutos insurgentes pró-Rússia de Lugansk e Donetsk, de um lado, e a fronteira Rússia-Ucrânia, do outro, pela qual o governo de Kiev afirma que os separatistas recebem armas e reforços.

Manobras militares russas na fronteira

As Forças Armadas da Rússia iniciaram nesta segunda-feira manobras militares que incluem mais de 100 aviões de combate perto da fronteira com a Ucrânia.

As manobras previstas para durar até sexta-feira mobilizam mais de 100 aviões de vários modelos, entre eles os bombardeiros Su-34 e Su-24, caças Su-27, MiG-31 e helicópteros de combate Mi-8, Mi-24 e Mi-28H, anunciou o ministério russo da Defesa.

As manobras militares preocupam o governo da Ucrânia.

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