O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse nesta quinta-feira que não vai parar a ofensiva em Gaza até que todos os túneis construídos pelo Hamas para atacar Israel sejam destruídos.
Apesar do alto contingente de mortos nos ataques – quase 1.400 mil do lado palestino, a maioria civis -, o premiê disse que Israel está determinado a destruir os túneis "com ou sem cessar-fogo".
"Já neutralizamos vários túneis do terror, e estamos determinados a completar esta missão com ou sem cessar-fogo", declarou o premiê israelense. "Portanto, não vou concordar com nenhuma proposta que não permita às Forças Armadas israelenses concluir esta importante tarefa, pelo bem da segurança de Israel."
Israel anunciou nesta quinta-feira a convocação de 16 mil reservistas para reforçar o contingente de suas forças militares – aumentando o total de convocados para 86 mil.
As Forças Armadas do país deram início a uma operação terrestre para destruir os túneis no dia 17 de julho. O país insiste que qualquer acordo de cessar-fogo inclua o direito de continuar esta tarefa.
Nesta semana, Netanyahu já havia dado indicações de que previa um "longo conflito" pela frente.
Desde o início da operação Margem Protetora, no dia 8 de julho, 1.360 palestinos morreram – a maioria civis.
Do lado israelense, morreram 56 soldados e dois civis. Um trabalhador tailandês em Israel também foi morto.
Segundo a ONU, 425 mil pessoas em Gaza tiveram de deixar suas casas por causa da operação.
A organização diz que está amparando 225 mil palestinos em 86 abrigos ao longo da Faixa de Gaza. Acredita-se que cerca de 200 mil estejam na casa de amigos e parentes.
O número total de desabrigados e desalojados chega a um quarto da população da Faixa de Gaza (1,7 milhão).
A operação Margem Protetora tinha como foco, no início, diminuir a capacidade do Hamas de lançar foguetes contra Israel, mas foi expandida para eliminar a ameaça dos túneis.
Integrantes do Hamas já efetuaram diversos ataques a partir dos túneis, matando soldados israelenses.
Nota DefesaNet
O vídeo abaixo de divulgação do Hamas em um canal do Youtube, mostra a utilização dos tais túneis e como forças especiais do Hamas atacam soldados israelenses (inclusive abatendo um Merkava). Na verdade, a divulgação desse vídeo acaba justificando a ação do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, em destruir com os túneis.