A Rucker foi a empresa vencedora da licitação feita pelo Governo Federal para a compra de até 65 ambulifts para os aeroportos brasileiros administrados pela Infraero. Ambulift é o nome dado ao veículo usado para embarque e desembarque de passageiros com mobilidade reduzida nos aeroportos. O modelo piloto já está pronto e as entregas se iniciarão ainda em 2014.
O ambulift é fabricado sob uma plataforma similar ao dos veículos de comissaria, usados para abastecer as aeronaves com utensílios, alimentos e bebidas que serão servidos a bordo. O grande diferencial é que os veículos são projetados para o bem estar e conforto dos passageiros, contemplando no projeto janelas de ampla visão, aparelhos de ar condicionado e estrutura em fibra para facilitar a higienização. O ambulift é a melhor forma de permitir o embarque e desembarque de pessoas com mobilidade reduzida nas aeronaves em posição remota (sem os fingers).
A Rucker fabrica ambulifts desde 2001 e hoje existem 12 unidades em operação no país. O primeiro ambulift foi produzido a pedido da TAM, posteriormente a Infraero comprou mais quatro unidades e aeroportos como o de Brasília e Viracopos também adquiriram. Atualmente, a Rucker fabrica dois modelos diferentes, o VPMR 3.70 que atinge a altura de até 3,70 metros, podendo embarcar passageiros de mobilidade reduzida até em um Airbus A320, e o VPMR 5.80, que chega a 5,8 metros de altura, sendo adequado, por exemplo, para operar com um Boeing 747 ou até com o Airbus A380 (no piso inferior), previsto para desembarcar no Brasil em 2016.
Todos os modelos usam chassis convencionais de caminhões para garantir a facilidade de manutenção e o baixo custo operacional. O modelo VMPR 5.80 é capaz de transportar quatro passageiros em cadeiras de rodas um passageiro em maca e cinco acompanhantes ao mesmo tempo.
Enquanto o modelo VPMR 3.70 transporta três passageiros em cadeiras de rodas ou um passageiro em cadeira de rodas e um passageiro em maca, além de outros 04 acompanhantes. Como medida de segurança as cadeiras de rodas e macas são sempre posicionados em sentido da marcha e presas em sistema de travas universal, o mesmo usado em táxis e ônibus.
Depois do embarque dos passageiros e do travamento das cadeiras e macas, o ambulift segue para a aeronave, o baú de fibra é elevado à altura da porta e posicionado para que os passageiros possam embarcar na aeronave. No desembarque, o procedimento deve ser o mesmo.
Para Rafael Mendes, diretor geral da Rucker, a demanda por ambulifts no Brasil é enorme e existe mercado potencial para o produto também na América Latina. “Sem finger nos aeroportos, esta é a melhor e mais segura alternativa para embarcar e desembarcar passageiros com mobilidade reduzida”, explicou o executivo.