O presidente de Honduras, Juan Orlando Hernández, disse nesta terça-feira que o Brasil é "uma opção real" para fortalecer a Força Aérea hondurenha, após a ameaça dos Estados Unidos de não permitir o conserto de aviões caça-F5 que o país centro-americano comprou nos anos 80.
"O Brasil é uma opção real para nos ajudar a reequipar a força Aérea Hondurenha", disse Hernández, de acordo com um comunicado da Casa Presidencial divulgado hoje em Tegucigalpa.
O Brasil "nos dá muita independência" e por isso Honduras terá "a capacidade de atuar em certas aéreas nas quais com outros países não podemos", ressaltou o presidente.
O embaixador do Brasil em Tegucigalpa, Zenic Krawctschuk, disse em abril que apoiaria Honduras na reparação e modernização de 20 aviões militares hondurenhos para melhorar o combate ao narcotráfico.
Aparentemente essa colaboração implicaria a transferência para o Brasil dos F5, o que tornaria necessária autorização dos Estados Unidos por ser fabricante dos equipamentos, publicou a imprensa hondurenha.
Hernández afirmou no último dia 9 que funcionários americanos ameaçaram a Honduras de não permitir a reparação dos aviões de caça comprados de Washington há três décadas.
O governante também pediu aos Estados Unidos que esclareça se continuará ajudando Honduras na luta contra a violência, que causa diariamente 15 mortes, e o tráfico de drogas.
Desde sua posse, em 27 de janeiro, Hernández iniciou um programa de segurança orientado a reduzir a violência criminal no país derivada do narcotráfico e do crime organizado.