presidente argentina Cristina Kirchner afirmou que as Ilhas Malvinas são a base militar nuclear da Organização para o Atlântico Norte (Otan) no Atlântico Sul, por ocasião nesta quarta-feira dos 32 anos do início da guerra com o Reino Unido por esse arquipélago austral.
"A verdade é que (as Malvinas) constituem a base militar nuclear da Otan no Atlântico Sul, essa é a verdade que não podem continuar escondendo", declarou.
A presidente argentina encabeçou um ato na Casa Rosada, sede do governo, em homenagem aos mortos no conflito bélico de 1982.
Amarga lembraça
No dia 2 de abril de 1982, soldados argentinos dominaram a pequena guarnição britânica nas Malvinas. Era a tentativa do regime militar de desviar a atenção da população da grave crise econômica e unir a nação por meio de um ato patriótico. Inicialmente, os generais pareciam ter atingido os objetivos militar e político – os sindicatos chegaram a suspender uma greve geral contra a Junta Militar.
Diplomaticamente isolada e militarmente em desvantagem, a Argentina capitulou, depois de dois meses e meio de conflito, no dia 14 de junho de 1982.
O fim da guerra representou não só uma derrota nos campos de batalha como também o início do desmantelamento do regime militar argentino. Margaret Thatcher, que antes da guerra era uma das mais rejeitadas líderes de governo da história britânica, foi festejada como heroína.
Na Argentina, o general Leopoldo Galtieri renunciou, em julho, sob uma onda de manifestações populares contra a ditadura. Seu sucessor, o general Reynaldo Bignone, iniciou as negociações para devolver o poder aos civis. O candidato da União Cívica Radical (UCR), Raul Alfonsín, venceu as eleições presidenciais de dezembro de 1983.