Forças russas invadiram nesta segunda-feira o hospital militar da capital regional da Crimeia, Simferopol, informaram os meios de comunicação locais. Entre 20 e 30 homens armados, presumivelmente russos, tomaram por volta do meio-dia de hoje o hospital militar, onde ameaçaram os trabalhadores e os pacientes, vários soldados ucranianos e veteranos.
Segundo noticiou o The Kiev Post, o diretor do hospital, Evgueni Pivoval, assegurou que "o povo temeu por suas vidas". Pivoval disse que os atacantes o fecharam em um ônibus e não o deixaram sair durante meia hora. "Não sabemos quais são suas exigências", acrescentou.
De acordo com a agência Interfax-Ucrânia, que cita o Ministério da Defesa ucraniano, os atacantes concentraram todo o pessoal em um salão "para que conhecessem os novos diretores do estabelecimento".
Segundo estes meios, a operação seria parte de uma série de movimentos militares das tropas russas a fim de consolidar seu controle sobre a península da Crimeia com a aproximação do referendo convocado no próximo domingo, dia 16, para decidir sobre a incorporação da península, de maioria de população de origem russa, à Rússia.
No próximo porto de Sebastopol, soldados russos desarmaram militares ucranianos em uma base de mísseis, segundo um porta-voz de Defesa da Ucrânia. Vladislav Selezniov disse ao canal 5 da televisão que cerca de 200 soldados chegaram ao edifício em 14 caminhões militares e ameaçaram com atacá-lo se os ucranianos não entregassem suas armas.
Propostas para uma solução com a Ucrânia
A Rússia apresentará várias propostas aos países ocidentais para solucionar a crise na Ucrânia de acordo com o direito internacional, declarou nesta segunda-feira o ministro das Relações Exteriores Serguei Lavrov, citado pela agência Itar-Tass.
"Preparamos nossas próprias propostas. Estas buscam reconduzir a situação dentro do direito internacional e levando em conta os interesses de todos os ucranianos sem exceção", declarou Lavrov depois de um encontro com o presidente russo Vladimir Putin.