O governo chinês anunciou nesta quarta-feira um aumento de 12,2% em seu Orçamento de Defesa para 2014, até os 808,2 bilhões de iuanes (US$ 132 bilhões).
O aumento, de 1,5 ponto mais que o registrado em 2013, aparece nos orçamentos nacionais para 2014 divulgados hoje durante a inauguração do plenário anual da Assembleia Nacional Popular (ANP) – o principal órgão do Legislativo chinês – e deverá ser votado pela mesma no encerramento de suas reuniões no dia 13 de março.
O aumento, mais uma vez, é superior ao crescimento do PIB nacional chinês, que foi de 7,7% em 2013 e espera-se que ronde os 7,5% neste ano.
Potências rivais da China como Estados Unidos e Japão costumam ano após ano criticar o aumento orçamentário, que consideram excessivo, embora Pequim afirme que responde unicamente ao objetivo de modernizar Forças Armadas que durante décadas se centraram mais em quantidade de soldados que em avanços tecnológicos.
Neste sentido, o primeiro-ministro chinês Li Keqiang destacou no discurso de hoje que a China "alçará o estandarte da paz", mas também "salvaguardará sua soberania e a ordem internacional do pós-guerra", em referência aos seus atuais conflitos territoriais com nações como o Japão.
O exército chinês, com mais de dois milhões de soldados, é o maior do mundo em número de soldados, e segue conservando um grande poder político e inclusive econômico no regime comunista.