A Ucrânia não pode ser forçada a escolher entre manter laços próximos com a Rússia ou com o Ocidente, disse o chanceler russo, Sergei Lavrov, nesta terça-feira.
O comentário foi o mais recente em uma série de alertas feitos por Moscou à União Europeia e aos Estados Unidos para que não tentem influenciar o futuro do ex-Estado soviético. "É perigoso e contraproducente tentar forçar a Ucrânia a escolher dentro do princípio: 'ou você está conosco ou está contra nós'", disse Lavrov em entrevista coletiva conjunta após encontro com o chanceler de Luxemburgo, Jean Asselborn.
O chanceler também defendeu que a Rússia e o Ocidente usem seus "contatos com as diferentes forças políticas na Ucrânia para acalmar a situação… e não buscarem vantagens unilaterais num momento em que é necessário o diálogo nacional", acrescentou Lavrov.
Há temores de que, culturalmente dividida, a Ucrânia possa sofrer um racha interno após três meses de protestos que resultaram na deposição do presidente: tanto a Rússia como o Ocidente enfatizaram publicamente que não desejam que isso ocorra.
O chanceler francês, Laurent Fabius, disse à emissora de TV France 2 que "ninguém está forçando a Ucrânia a fazer uma escolha".