Pequim, 2 nov (EFE).- A China pretende investir em uma força aérea com condições de participar de operações ofensivas e defensivas no espaço, informou Xu Qiliang, comandante-em-chefe do Exército de Libertação Popular do Povo (ELP), em umas declarações recolhidas pela agência oficial de notícias "Xinhua".
Segundo Xu, "esta força aérea melhorará sua capacidade de ataque aéreo e de defesa antimísseis e as capacidades de lançamento estratégico com o objetivo de proteger os interesses da China e manter a paz regional e mundial".
O comandante afirmou que "a militarização do espaço supõe uma ameaça para a humanidade e por isso a China deve desenvolver uma força poderosa para fazer frente aos possíveis desafios".
A dez dias do 60º aniversário da força aérea chinesa, Xu, de 59 anos, disse que "só o poder pode proteger a paz e acrescentou que a superioridade no espaço e no ar significa a superioridade sobre a terra e os oceanos".
A Força Aérea chinesa comemora neste mês seu aniversário com uma exibição nos céus de Pequim, para qual estão previstas piruetas de históricas com os caças J-7 e dos modernos J-10, assim como uma demonstração dos paraquedistas chineses.
Fontes do ELP destacaram recentemente que durante o espetáculo serão utilizados equipamentos de combate de terceira geração, que alcançam velocidade supersônica, uma habilidade que por enquanto só os Estados Unidos e a Rússia dispõem.
A Força Aérea da China conta com mais de 400 mil soldados e 2.024 aeronaves, o que a torna a maior potência da Ásia e a terceira do mundo, atrás dos EUA e da Rússia.