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Trading de Defesa é descartada pelo Governo Federal


Julio Ottoboni
Exclusivo DefesaNet


O polo aeroespacial e de defesa de São José dos Campos, SP, levou um duro golpe na última semana, quando o Governo Federal anunciou que não pretende constituir uma empresa trading para incentivar importações e exportações da indústria brasileira de material militar. Isto já era previsto por Brasília desde maio do ano passado e aguardado com ansiedade pelos empresários do polo. O governo optou em reforçar estruturas já existentes.

O Grupo de Trabalho Interministerial (GTI),  que estudava o tema será transformado em órgão permanente, denominado GAE- Exportação (Grupo de Assessoramento Especial – Exportação), que terá a missão de coordenar a política de exportação e compensações para produtos e serviços de defesa.

 A criação de uma empresa privada ou mista de trading, que ficaria sob o comando do Ministério da Defesa foi reconhecida publicamente como uma estratégia do governo Dilma e tido como meta em abril de 2013, envolvendo as Agendas Estratégicas Setoriais como uma política industrial do governo. Em maio, foi publicada no Diário Oficial da União a criação de um grupo de trabalho interministerial. (ver íntegra da PORTARIA INTERMINISTERIAL No- 1.426/MD/MDIC, DE 7 DE MAIO DE 2013 Link)

Formado pelos ministérios da Defesa, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Fazenda e Planejamento, além do BNDES, Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial, APEX-Brasil, o grupo detectou que o País já tem um conjunto de instituições capaz de realizar as funções de 'trader'. Ou seja, o Brasil é capaz com a estrutura atual de articular uma ponte entre comprador externo, governamental ou não, e fornecedores internos.

Para articular as necessidades para o exercício comercial, como compra e venda de produtos de defesa, o grupo de trabalho foi transformado em órgão permanente e permanecerá dentro da Comissão Mista da Indústria de Defesa (CMID). O próximo passo agora é mapear essas funções com um questionário às Empresas Estratégicas de Defesa (EEDs).

 O grupo também agendou audiência junto ao Comitê de Financiamento e Garantia das Exportações (COFIG), colegiado integrante da Câmara de Comércio Exterior (Camex), para o próximo mês. Entretanto, o Ministério da Defesa informou que a criação da trading não foi descartada totalmente.

O ministério da Defesa registrou em 2012 uma movimentação de US$ 2,5 bilhões em importações e outros US$ 1,5 bilhão às exportações de produtos bélicos. Uma balança com déficit de US$ 1 bilhão.

 De acordo com o Ipea, no período de 2009 a 2012, as vendas de armas leves e munições ao mercado externo mantiveram-se em US$ 316,9 milhões anuais. os especialistas do governo acreditam que as expectativas para o futuro são de crescimento nas vendas externas, principalmente partindo da Embraer Defesa e Segurança. Os principais produtos serão os aviões Super Tucano e o cargueiro KC-390.   Também os radares da BRADAR. 

 

Nota DefesaNet,

Em comentário para DefesaNet, importante fonte ligada ao apoio do governo na Base Industrial de Defesa, termo que o Ministério da Defesa, comumente usa, pôs dúvidas na eficácia da solução escolhida.

Ler interessantes matérias relacionadas:

GT – Trading de Defesa – PORTARIA INTERMINISTERIAL No- 1.426/MD/MDIC, DE 7 DE MAIO DE 2013 Link

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O Editor

          

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