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Aproximação entre indústrias do Brasil e dos EUA foi uma das principais metas alcançadas pelo Comdefesa

Guilherme Abati, Agência Indusnet Fiesp

Uma maior interação entre as indústrias de defesa do Brasil e dos Estados Unidos, buscando oportunidades de sinergia em conhecimento, transferência de tecnologia e negócios que permitam maior integração entre a indústria norte-americana e a brasileira no setor, foi uma das principais metas alcançadas pelo Departamento da Indústria de Defesa (Comdefesa) da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) em 2013.

Defense Industry Day

Com objetivo de ampliar a cooperação e os negócios bilaterais entre o Brasil e os Estados Unidos, foi realizado, nos dias 4 e 5 de abril, o Defense Industry Day – seminário que contou com palestras de comandantes militares das Forças Armadas Brasileiras e apresentações de empresas norte-americanas.

O evento marcou o início da aproximação entre as indústrias de defesa de cada país. Um dos convidados do seminário foi o chefe do Estado-Maior do Exército Brasileiro, general Joaquim Silva e Luna. Durante o encontro, o militar apresentou o programa de modernização da força armada brasileira, cujo objetivo é "tirar o exército brasileiro da era industrial para migrar para a era do conhecimento".

O evento foi aberto pelo presidente do Conselho Superior de Comércio Exterior (Coscex) da Fiesp, embaixador Rubens Barbosa, que na ocasião afirmou que "a reunião é um marco porque é a primeira vez que um grupo de empresas norte-americanas e brasileiras está discutindo possibilidades de cooperação".

No último dia do evento, o chefe da divisão de coordenação de projetos da Comissão Coordenadora do Programa Aeronave de Combate (Copac), Paulo Roberto de Barros, falou sobre o reaparelhamento da Força Aérea Brasileira (FAB) e sobre a aquisição de novos equipamentos.  Segundo ele, a FAB investiu R$ 9,5 bilhões na indústria nacional nos últimos dez anos.

Seminário Parcerias Público-privadas (PPPS)

Realizado dia 14 de agosto, o seminário destacou o emprego das parcerias público-privadas para militares das forças armadas e industriais de defesa. O evento contou com a presença de especialistas das áreas, industriais, diretores do Comdefesa, autoridades militares e civis.

Segundo Jairo Candido, diretor titular do Comdefesa, o objetivo do encontro foi começar uma discussão "a fim de criar uma estrutura nacional que seja aquela pela qual o empresário possa entender e trabalhar nesse segmento".

Em um dos painéis, o general Adriano Pereira Júnior e o vice-almirante Anatalício Risden Júnior falaram sobre as perspectivas de uso das PPPs na área de Defesa.

Pereira Júnior considera as PPPs uma forma de terceirização. "A participação da iniciativa privada pode não ser uma opção, e, sim, uma necessidade", disse.

No dia 18 de junho, o ministro da Defesa, Celso Amorim, visitou a sede da Fiesp, onde foi recebido pelo presidente da instituição, Paulo Skaf, e por representantes de diversos diretores da entidade.

O presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, também participou da solenidade.

Militares da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército

Paulo Skaf recebeu ainda a visita de militares da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército (Eceme) no dia 19 de junho. Durante o encontro, o presidente da Fiesp afirmou que a cadeia produtiva da defesa precisa ser recuperada. "O Comdefesa tem a missão de recuperar a cadeia produtiva da defesa. A cadeia produtiva da defesa precisa produzir cada vez mais e gerar riqueza para o Brasil", afirmou.

Força aérea brasileira: presente e futuro

No início de março, o chefe do Estado-Maior da Força Aérea Brasileira (FAB), tenente-brigadeiro-do-ar Aprígio Eduardo de Moura Azevedo, apresentou, na Fiesp,  a palestra ‘Força aérea brasileira: presente e futuro'.

Durante o encontro, Azevedo ressaltou o crescimento das indústrias de defesa nacional e afirmou que o Brasil obteve, ao longo dos últimos 60 anos, competência e tecnologia para entrar no mercado internacional. "Adquirimos capacidade de conhecimento tecnológico que nos permite colocar um requisito à mesa da nossa indústria e ter como resultado final um produto que responde a esse requisito", disse.

Mudança de visão de controle do Tribunal de Contas da União

Com participação de representantes das Federações das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) e do Rio de Janeiro (Firjan), além de autoridades das Forças Armadas e de associações da indústria da Defesa, aconteceu, no início de agosto, a 7ª Reunião Plenária do Comdefesa. .

A reunião contou com palestra de Marcio Albuquerque, secretário da SecexDefesa – unidade da Secretaria Geral de Controle Externo (Segecex)  do Tribunal de Contas da União, que expôs a nova estrutura  da pasta e a mudança de visão de controle do Tribunal de Contas da União (TCU). Segundo ele, a nova estrutura traz benefícios efetivos para população brasileira.

8ª Curso de Gestão de Recursos da Defesa

No dia 10 de setembro, aconteceu na Fiesp a abertura da 8ª edição do curso de gestão de recursos da defesa, uma parceria entre a Escola Superior de Guerra (Esg) e a federação.

Na ocasião, o Almirante Eduardo Bacellar Leal Ferreira destacou a importância da união entre a indústria e a defesa. "Temos trabalhado com a Fiesp há alguns anos e tenho certeza que dessa parceria sairão excelentes frutos para o país", afirmou. "Não há como termos uma defesa decente sem uma base industrial compatível."

"No curso, os estagiários terão a oportunidade de conhecer a realidade que o Brasil encontra nesse setor", explicou Jairo Cândido. Os alunos formados receberam seus diplomas em cerimônia realizada na Fiesp, no dia 30 de outubro.

Cândido aproveitou para destacar a atuação do Comdefesa. "O Comdefesa, que nasceu de uma necessidade de consagrar a posição soberana que esse país tem, sente-se profundamente honrado por receber esse grupo seleto de pessoas, que passarão a pensar uma questão fundamental para nossa sociedade", encerrou.

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