O orçamento das Forças Armadas previsto para 2014 foi tema de reunião conjunta das Comissões de Relações Exteriores e Defesa do Senado Federal e da Câmara dos Deputados nesta quinta-feira (07/11). Os Comandantes da Marinha, Almirante de Esquadra Julio Soares de Moura Neto; do Exército, General de Exército Enzo Peri; da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Juniti Saito, e o secretário-geral do Ministério da Defesa, Ary Matos Cardoso, participaram da audiência pública que se estendeu por três horas.
Os militares apresentaram os projetos e as necessidades de recursos financeiros para desenvolvê-los. “O orçamento é insuficiente para as missões básicas das Forças Armadas sob pena de sucateamento das mesmas, sem recursos suficientes, inclusive, para combustível e manutenção do dia a dia”, ressalta o presidente da comissão no senado, Ricardo Ferraço (PMDB-ES).
De acordo com o presidente da Comissão de Relação Exteriores da Câmara dos Deputados, Nelson Pellegrino (PT-BA), essa audiência foi uma forma de sensibilizar os congressistas. “É necessário a gente dar a nossa contribuição para que as Forças Armadas contribuam em defesa da nossa soberania”, enfatiza. (Veja entrevista abaixo)
Projetos – A Marinha do Brasil, por exemplo, tem uma atuação em 4,5 bilhões de Km² e projetos como a construção de navios-patrulha, apoio ao pré-sal e o sistema de gerenciamento da Amazônia Azul. De acordo com o Vice-Almirante Anatalício Risden Júnior, a necessidade para o ano que vem seria de R$ 12 bilhões, mas no orçamento estão previst os R$5,5 bilhões. “Peço a atuação dos parlamentares sobre as emendas colocadas na comissão para garantir a recuperação operacional e modernização da Marinha”, ressalta ele.
Este ano, o orçamento do Exército Brasileiro foi de R$ 5 bilhões. Para o ano que vem, estão previstos R$ 5,8 bilhões. Segundo o General Eduardo Garrido, o pedido de reserva no orçamento foi de R$ 13 bilhões. “O aumento no orçamento para 2014 já está comprometido por causa das despesas de pessoal e nós precisamos ampliar a capacidade de prontidão, fortalecer a segurança em áreas de fronteiras e atender demandas reprimidas de projetos estratégicos”, afirma ele.
Já no caso da Aeronáutica, que atua em uma área de 22 milhões de Km², a previsão era que o orçamento fosse de R$ 8,8 bilhões, mas estão previstos para o ano que vem R$ 4,8 bilhões. “Precisamos recuperar a capacidade operacional da Força Aérea”, afirma o Major-Brigadeiro José Hugo Volkmer.