O comandante do movimento rebelde congolês M23 e cerca de 1.700 combatentes renderam-se nesta quinta-feira, 7, a autoridades de Uganda depois de terem sido derrotados por soldados da República Democrática do Congo (RDC). A informação foi divulgada por uma fonte militar ugandense.
A rendição aumenta a expectativa com a possibilidade de os rebeldes assinarem um acordo de paz após um ano e sete meses de um violento levante que obrigou milhares de pessoas a fugirem de Kivu do Norte, no leste do Congo.
O general Sultani Makenga e os combatentes estão sob custódia do exército de Uganda em Mgahinga, uma área de floresta perto da fronteira com o Congo. Os rebeldes estão sendo paulatinamente desarmados e cadastrados por autoridades ugandenses, prosseguiu a fonte militar.
"Makenga deveria ser preso e levado imediatamente à justiça", defendeu o governador de Kivu do Norte, Julien Paluku, em entrevista à Associated Press. "Ele deveria responder por suas ações no leste do Congo."
Considera-se improvável, no entanto, que Uganda extradite Makenga e seus combatentes imediatamente. Acredita-se que eles tenham fugido para o país vizinho exatamente por isso.
A fonte militar ugandense disse que os rebeldes rendidos ficarão sob custódia do exército do país até que os governos da região cheguem a um acordo em relação a como lidar com as "forças negativas" que atuam na região.
Nos últimos meses, em meio ao levante, líderes regionais pressionaram o Congo a atender às "queixas legítimas" do M23. / AP