Mesmo com o uso de poder de fogo simulado, na edição deste ano do Exercício Cruzeiro do Sul (Cruzex) será possível saber se os mísseis atingiram ou não seus alvos. Isso, graças a um pequeno aparelho que pode ser acoplado nas aeronaves ou até ser levado no bolso dos pilotos. O equipamento de GPS (Global Positioning System) registra o que o diretor do exercício, brigadeiro Mário Jordão chamou de "shot validation" durante a apresentação oficial do Cruzex nesta terça-feira (5) na Base Aérea de Natal.
"Após os confrontos simulados teremos equipes que vão analisar os dados. Poderemos saber se o emprego do armamento foi válido, fazer a correção do uso e avaliar as manobras defensivas", explica o brigadeiro. Jordão reforça que a tecnologia "dá realismo e deixa o treinamento mais profundo".
No Recife, controladores de tráfego aéreo do Terceiro Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta III) vão monitorar os movimentos das aeronaves e ali, ao vivo, poderão validar os disparos virtuais. Em seguida, já no solo, os pilotos que participaram de uma mesma missão vão se reunir para uma segunda validação. Em uma sala reservada, serão discutidos todos os combates e como aconteceu cada uma das vitórias.
"Em ocasiões de conflito real poderemos fazer o necessário e nada além disso", conclui o brigadeiro. De acordo com Mário Jordão é neste momento que os pilotos poderão aprender muito, e entender quais são suas vulnerabilidades e pontos fortes.