Nota DefesaNet O feito hitórico e de importância transcendental teve pouco ou mínima repercussão na mídia brasileira.. O Brasil volta as costas para aquilo que ele mesmo ajudou a desenvolver. O conceito atual é o do Drop-in, ou seja o combustível Biofuel deverá usar as mesmas instalações e equipamentos hoje disponíveis e também o seu emprego não gerar mudanças ou modificações nas turbinas. O Editor |
Nota da Boeing Brasil
BRASÍLIA, 22 de Outubro de 2013 – Stakeholders da indústria de Aviação, autoridades do governo e instituições de pesquisa anunciaram hoje a Plataforma Brasileira de Biocombustível para aviação, um esforço nacional que visa estabelecer uma indústria de biocombustíveis sustentáveis no Brasil através de pesquisa e desenvolvimento de uma cadeia de produção de múltiplas matérias-primas em diversas regiões do país. Se a Plataforma for bem sucedida, o Brasil, que já possui duas indústrias de biocombustível estabelecidas, pode ser o primeiro país a ter uma indústria sustentável de bicombustíveis para aviação que vai desde a produção da biomassa até sua utilização no voo.
A Plataforma Brasileira de Bicombustível foi formalmente estruturada em 8 de agosto de 2013 como uma plataforma colaborativa que reúne os principais stakeholders. Com o intuito de preencher as lacunas identificadas no estudo de Bicombustível Sustentável Alternativo patrocinado pela Boeing, FAPESP e Embraer, a Plataforma visa promover a implementação de uma cadeia de valor altamente integrada de biocombustível e de energias renováveis, “da Pesquisa e Desenvolvimento até o voo”.
Fazem parte do conselho, e lideraram o desenvolvimento do programa da Plataforma Brasileira de Bicombustíveis: GOL, Boeing, General Electric, Amyris, Associação Brasileira das Empresas Aéreas (ABEAR) e a União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene (UBRABIO). Os objetivos da Plataforma foram anunciados pelos executivos membros do conselho após o primeiro voo realizado utilizando biocombustível no Brasil, em 23 de outubro de 2013. O voo foi realizado com um 737-800 da GOL, equipado com motores CFM-56 da GE e SNECMA, e fez o percurso de São Paulo a Brasília utilizando uma mistura feita pela Petrobras com óleo de cozinha e óleo de milho não comestível.
A Plataforma está em linha com o intuito de seus stakeholders de atingir as metas do setor para redução da pegada ambiental da aviação comercial. Os objetivos incluem o crescimento neutro em carbono a partir de 2020 e uma redução de 50 por cento nas emissões de carbono em 2050, com base nos níveis de 2005. Esse esforço também está alinhado com o Memorando de Entendimento entre o Brasil e os Estados Unidos de 2007 para promover a cooperação em biocombustíveis.
Com base na biodiversidade brasileira, disponibilidade territorial, clima e mão de obra, a Plataforma está tomando uma abordagem inicial de utilização de diversas cadeias de suprimento de matéria-prima, como: cana de açúcar, pinhão manso, camelina, óleo de cozinha usado, macaúba, algas, babaçu, sebo e muitas outras matérias-primas emergentes.
“A GOL apoia todas as iniciativas que buscam soluções para tornar a aviação brasileira cada vez mais sustentável”, explica Paulo Kakinoff, presidente da GOL. Ao longo deste ano, com medidas para redução de consumo de combustível, a companhia deixou de emitir mais de 30 milhões de toneladas de gases causadores do efeito estufa.
“Por meio da Plataforma Brasileira de Biocombustível, o Brasil tem um grande potencial de liderança para criar e fornecer biocombustíveis para aviação para os mercados doméstico e internacional”, diz Julie Felgar, diretora de Estratégia e Integração Ambiental da Boeing Aviação Comercial. “Essa iniciativa vai ajudar o mundo e a aviação comercial a amenizar sua dependência de combustíveis fósseis, e melhorar a segurança energética, ao mesmo tempo em que oferece oportunidades de desenvolvimento econômico para o Brasil”.
“Essa iniciativa oferece uma excelente oportunidade para uma colaboração intensa e um forte compromisso do governo e de todos os stakeholders, alinhada com a forte agenda ambiental do governo brasileiro”, complementa Donna Hrinak, presidente da Boeing Brasil. “A Boeing está muito satisfeita em trabalhar de forma colaborativa com o governo, companhias aéreas como a GOL, instituições de pesquisa e outras, em uma missão que vai dar mais peso ao papel do Brasil como um líder em inovação de biocombustíveis”.
“A GE Aviação tem sido uma das paixões da GE desde sempre, e estamos honrados em poder fazer parte deste projeto ambicioso, totalmente conectado com um dos maiores desafios da aviação, que é reduzir os custos operacionais e a emissão de gases de efeito estufa. Nos último anos, a GE tem focado firmemente no desenvolvimento e lançamento de melhores tecnologias para o setor, incluindo o GEnx, o mais eficiente motor de aviação do mundo. A GE valoriza muito a inovação e definitivamente nós iremos aumentar nossa participação em parcerias como esta, trazendo resultados positivos para todos os envolvidos na cadeia de negócios”, diz Gilberto Peralta, presidente e CEO da General Electric Brasil.
“A Plataforma Brasileira de Bioquerosene é uma iniciativa pioneira a qual a Ubrabio tem orgulho de representar. A entrada do bioquerosene na matriz energética nacional representa o compromisso brasileiro em mitigar a emissão de gases de efeito estufa liberados pela aviação. Neste momento, a Ubrabio entende que é a partir de uma política pública específica para o bioquerosene e nos moldes do Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel que o elo entre instituições públicas, privadas, da pesquisa ao uso na aviação, irá gerar benefícios socioeconômicos e ambientais para toda a sociedade, com inclusão produtiva da agricultura familiar, geração de emprego e renda, desenvolvimento da indústria nacional com uma cadeia produtiva de altíssimo valor agregado, saúde e qualidade de vida”, afirma Juan Diego Ferrés, presidente da UBRABIO.
“O uso de biocombustíveis na aviação traz desafios que, se bem endereçados, podem resultar em uma verdadeira revolução e nos ajudar a cumprir as metas ambiciosas que nos propusemos de redução das emissões de gases causadores do efeito estufa, em paralelo ao crescimento e à democratização do transporte aéreo. O cumprimento desses desafios traz também oportunidades para outros setores da economia nacional, cuja colaboração nesse esforço coletivo será vital. A ABEAR, como representante das quatro maiores empresas aéreas do Brasil, tem total envolvimento no processo, promovendo o debate, apresentando a visão da indústria e trabalhado para dar evidência ao tema”, Eduardo Sanovicz, presidente da ABEAR.
"A cooperação entre consumidores e os setores público e privado tornou possível o projeto brasileiro de etanol de cana, que foi uma resposta inovadora à primeira crise do petróleo há 40 anos. Hoje, com uma verdadeira revolução tecnológica em andamento, seja na conversão de biomassa via hidrólise ou na produção de hidrocarbonetos, o setor sucroenergético está pronto para esse novo desafio e se une a esta Plataforma para fomentar políticas públicas que reconheçam os benefícios da energia renovável. O que o etanol de cana fez para os veículos leves, a UNICA acredita que o bioquerosene de cana pode realizar para a aviação, reduzindo a dependência nos combustíveis fósseis com inovação que combate o aquecimento global e gera divisas," disse a presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), Elizabeth Farina.
Nota da Gol
GOL realiza o primeiro voo comercial com biocombustível do Brasil
Companhia anuncia parceria com Amyris para fornecimento de
bioquerosene a partir de cana-de-açucar após certificação
A GOL Linhas Aéreas Inteligentes, maior companhia aérea de baixo custo e baixa tarifa da América Latina, e a Amyris Inc, empresa líder no segmento de combustíveis e químicos renováveis, anunciaram a assinatura de um memorando de entendimentos que poderá resultar no início da utilização de bioquerosene renovável em voos comerciais da GOL a partir de 2014. A parceria prevista foi celebrada com a realização do primeiro voo comercial com biocombustível da companhia e do Brasil.
“ A GOL, comprometida com uma aviação cada vez mais eficiente e sustentável, operou durante a RIO+20, em 2012, o primeiro voo com bio combustível em caráter experimental.
Foi um passo importante para direcionarmos ainda mais nosso trabalho e, hoje, avançarmos mais um estágio”, disse Adalberto Bogsan, vice-presidente Técnico.
O memorando de entendimentos prevê que GOL e Amyris trabalharão juntas para estruturar um programa de uso de combustível de aviação renovável derivado de cana-de-açúcar em voos comerciais da GOL, que seria implementado após as conclusão das validações de especificações técnicas pela indústria aeronáutica e órgãos como a ASTM Internacional e a Agência Nacional do Petróleo e Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
Esta parceria, que faz parte da Plataforma Brasileira do Bioquerosene, uma iniciativa apoiada pela indústria e pelo governo para promover o uso de combustíveis renováveis na aviação, foi anunciada hoje durante cerimônia de celebração do Dia do Aviador, com a participação do ministro chefe Moreira Franco da Secretaria de Aviação Civil (SAC), bem como outros representantes da indústria aeronáutica como Associação Brasileira de Empresas Aéreas (ABEAR), União Brasileira do Biodiesel eBioquerosene (UBRABIO), GE, e Boeing, entre outras.
“ A GOL apoia todas as iniciativas que buscam soluções para tornar a aviação brasileira cada vez mais sustentável”, explica Paulo Kakinoff, presidente da GOL. Ao longo deste ano, com medidas para redução de consumo de combustível, a companhia deixou de emitir mais de 30 mil toneladas de gases causadores do efeito estufa.
Segundo a Amyris, a análise do ciclo de vida indica que o combustível de aviação renovável fornecido pode reduzir as emissões de gás de efeito estufa em 80% ou mais, se comparado com o combustível convencional derivado de fonte fóssil. Adicionalmente, a Amyris está sob processo de certificação pela Roundtable of Sustainable Biomaterials (RSB) além de ser um membro da Bonsucro, líder mundial em certificação de sustentabilidade de cana-de-açúcar.
“ Nós estamos comprometidos em trabalhar com a indústria de aviação para tornar os céus mais limpos, começando pelo Brasil em 2014. Após o sucesso que obtivemos com nossos dois voos de demonstração e uma série de resultados de testes com múltiplos atores da indústria, estamos confiantes na validação pela indústria e ASTM e inclusão na regulamentação da ANP”, disse John Melo, Presidente da Amyris, Inc.
A GOL consolidou em 2013 importantes projetos e tem estabelecido parcerias cada vez mais sólidas. Em setembro fez parte do lançamento do projeto Céus Verdes do Brasil, por um espaço aéreo cada vez mais eficiente para clientes e a indústria da aviação brasileira e, hoje, faz história ao ser a primeira companhia aérea a realizar o primeiro voo comercial com biocombustível do Brasil.
A Amyris Brasil Ltda. já opera uma planta em escala comercial de produção de hidrocarbonetos renováveis no município de Brotas, no interior do estado de São Paulo, ao lado da Usina Paraíso. Esta planta está em operação desde o final de 2012 e produz uma molécula chamada farneceno que pode ser processada e transformada em Bioquerosene, o qual pode ser adicionado ao querosene de aviação convencional mantendo se dentro das especificações brasileiras e internacionais.
Sobre as empresas
A Amyris é uma empresa integrada de produtos renováveis focada em oferecer alternativas sustentáveis para uma ampla gama de produtos derivados do petróleo. A Amyris usa sua plataforma industrial de biologia sintética para converter açúcares vegetais em uma variedade de moléculas de hidrocarbonetos — componentes flexíveis que podem ser utilizados em uma grande diversidade de produtos. O portfolio inicial de produtos da Amyris é baseado no Biofene®, marca da Amyris para seu farneseno, um hidrocarboneto renovável. A Amyris está comercializando esses produtos como ingredientes No Compromise® em cosméticos, fragrâncias e sabores, polímeros, lubrificantes e produtos de consumo, e também como combustível renovável diesel e para jatos No Compromise. A Amyris Brasil Ltda., uma subsidiária da Amyris, supervisiona o estabelecimento e expansão da produção da Amyris no Brasil. Mais informações sobre a Amyris estão disponíveis em www.amyris.com.
A GOL Linhas Aéreas Inteligentes S.A., a maior Companhia Aérea de baixo custo e baixa tarifa da América Latina opera, com as marcas GOL e VARIG, cerca de 970 voos diários para 65 destinos em 10 países na América do Sul, Caribe e Estados Unidos, utilizando uma frota jovem e moderna de aeronaves Boeing 737-700 e 737-800 Next Generation, as mais seguras, eficientes e econômicas da classe. O programa de relacionamento SMILES permite que seus participantes acumulem milhas e resgatem bilhetes para mais de 560 localidades em todo o mundo, por meio de voos realizados por parceiras aéreas. A companhia possui também o serviço logístico GOLlog, que capta e distribui cargas e encomendas em mais 3.500 municípios brasileiros e seis internacionais. Com seu portfolio de produtos e serviços inovadores, a GOL Linhas Aéreas Inteligentes oferece a melhor relação custo-benefício do mercado.