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Fantástico – USP – 60 Dias para Estudantes Liberarem Reitoria

 

Nota DefesaNet

O processo de formação acelerada de Grupos Irregulares, atualmente em curso no Brasil, tem a sua vertente na USP. Lembramos que os principais grupos irregulars do continente Latino Americano iniciaram a sua formação nas Universidades, como a de Ayacucho, de onde saiu o grupo peruano Sendero Lumino.

Os confrontos com as polícias, que ocorrem nas principais capitais são também uma estratégia, que inclui: formação, cooptação e  doutrinamento, para novos membros.

Um ativista irregular, que tenha sido atingido por uma cacetada ou por uma bala de borracha é um novo membro sem restrições.

O editor 

São Paulo – Os estudantes que ocupam o prédio da reitoria da Universidade de São Paulo (USP) desde o dia 1º de outubro terão 60 dias para deixar o local voluntariamente. A decisão foi dada ontem (15) pelo desembargador José Luiz Germano da 2ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de São Paulo. O despacho confirma a posição do juiz Adriano Marcos Laroca, proferida em primeira instância, que considerou imprescindível o diálogo entre as partes para que não haja uma "desocupação imediata e forçada".

"Não se trata aqui de uma clássica questão possessória, uma ocupação com vistas a inviabilizar o domínio de outrem ou a posse alheia, mas sim uma forma de protesto. Os ocupantes não querem se tornar os novos donos do prédio da reitoria", assinala o documento. O prazo é para que "as partes tenham oportunidade para dialogar e chegar a um entendimento, ao menos quanto à desocupação, que mais cedo ou mais tarde terá que ocorrer".

Os estudantes ocupam a reitoria em protesto por eleições diretas para reitor, votação paritária entre as três categorias (alunos, funcionários e professores) e fim da lista tríplice, que confere ao governador a escolha do reitor entre os três mais votados.

Outro prédio da USP, o da administração do Campus Ermelino Matarazzo (conhecido como USP Leste), ocupado por estudantes desde o dia 3 de outubro, também enfrenta impasse para a reintegração, que já foi autorizada pela Justiça paulista no último dia 10. Em reunião ocorrida ontem (15), estudantes e diretores não chegaram a um acordo sobre a desocupação. Uma nova rodada de negociação foi marcada para hoje.

Os alunos reivindicam a instalação de uma estatuinte para discutir o afastamento da direção do campus. Professores e servidores também paralisaram as atividades desde o dia 10 de setembro. A estatuinte é o processo de produção do estatuto de uma universidade com a participação da comunidade acadêmica. Os estudantes querem alterar o documento para permitir a destituição dos dirigentes.

Além disso, eles querem que sejam tomadas providências sobre a contaminação do solo do campus, que concentra gás metano proveniente do desassoreamento do Rio Tietê, de acordo com o auto de infração da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb).

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