Soldado Nancy Jones-Bonbrest
Exército dos EUA
Em veículos táticos e de combate, os soldados podem acessar os sistemas de comunicação que mostram um quadro completo do campo de batalha. No entanto, essas características sofisticadas para avaliação da situação são vistas em sistemas de computadores diferentes, em monitores separados e com pouco espaço disponível.
Agora o Exército dos Estados Unidos está tentando substituir esse processo “cadeira giratória” para avaliar a situação introduzindo uma família padronizada de computadores táticos adequados e personalizados para a missão e o veículo. Com um computador modular “crie-seu-próprio-sistema”, os usuários poderão acessar e operar diversos aplicativos diferentes em uma única máquina.
Conhecidos como Sistemas de Famílias Montadas de Computadores, ou MFoCS, o novo recurso propiciará interoperacionalidade aos computadores táticos e aprimorará a experiência do soldado, permitindo que ele possa planejar, monitorar e executar melhor as missões.
“Ao oferecer o básico através da computação avançada e da capacidade de exibição, podemos atender às necessidades de vários aplicativos de comando da missão e ao mesmo tempo aliviar a sobrecarga da operação de computadores diferentes no mesmo veículo”, disse Dominic Satili, gerente-adjunto de produto da Blue Force Tracking designado para o Gerenciamento do Projeto da Plataforma de Comando Conjunto de Batalha, ou PM JBC-P. “O soldado só precisa aprender a operar um computador”.
O método do componente essencial introduz três modelos de MFoCS: básico, intermediário e avançado. A configuração básica é um tablet, enquanto o modelo intermediário acrescenta uma unidade de processamento com monitor de 12, 15 ou 17 polegadas. O modelo avançado inclui não apenas o tablet, mas também duas unidades intermediárias para um total de três estações de trabalho, tornando os três modelos de MFoCS intercambiáveis e facilmente customizados para se adequarem a qualquer missão. Os tablets são reforçados e operam com um cabo de 7,5 metros para que os soldados dentro de um veículo possam movimentar o monitor ou até mesmo desconectá-lo e levá-lo para fora.
“A ideia aqui é ter um único computador tático para veículos do Exército que possa rodar diversos aplicativos”, disse Satili. “Isso padroniza o tipo de computador e ao mesmo tempo cria uma família de tamanhos diferentes ajustáveis à missão”.
Projetada para carregar o JBC-P, a principal plataforma de avaliação situacional do Exército, o sistema também suportará outros aplicativos de comando, controle, comunicações, computadores, inteligência, vigilância e reconhecimento e oferecerá soluções de computadores montados para o Corpo de Fuzileiros Navais.
Ao permitir que diversos programas utilizem um único modelo de hardware no veículo – ao invés de necessitar de máquinas individuais – a plataforma também reduz a demanda de tamanho, peso e energia. Os MFoCS não apenas permitem que os computadores táticos trabalhem entre si, como também reduzem o custo da configuração básica do computador em até 36 por cento e aumentam seu desempenho em mais de 350 por cento.
A criação dos MFoCS remonta a uma Requisição Direta do Exército de 2011 para uma solução comum para suas máquinas, com o objetivo de convergir os sistemas separados de computação em uma única arquitetura.
Os MFoCS se ajustam ao mesmo esquema de hardware e usam o mesmo kit de instalação dos sistemas já existentes, Brigada de Comando de Batalha da Força XXI e Outros/ Blue Force Tracking. Essas tecnologias são as precursoras em avaliação situacional do JBC-P e foram integradas a mais de 120 mil plataformas, encontram-se em todos os centros de operações táticas e são enviadas a todas as equipes de brigadas de combate do Exército.
O primeiro lote de computadores MFcCS, que serão usados para integração e testes, é aguardado no período de até 20 semanas após a data do contrato.
O curto prazo de entrega reflete a necessidade inicial do PM JBC-P de que os vendedores submetam a avaliação o protótipo de um tablet básico e um computador intermediário, como parte de uma concorrência plena e aberta para o contrato.
“Nós não queríamos que eles nos dessem as informações por escrito; queríamos também que eles nos mostrassem as provas”, disse Satili. “Nossa estratégia de aquisição nos levou a um fornecedor de MFoCS capaz de entregar computadores que representassem uma produção madura e que atendesse à necessidade original do Exército dos EUA”.