André Luís Woloszyn,
Analista de Assuntos Estratégicos
Uma das grandes polêmicas dos últimos anos em relação aos grupos terroristas com tendência extremista islâmica que operam no Oriente Médio, Sul da Ásia e Norte da África, é o grande número de vítimas entre os próprios muçulmanos. Estimativas apontam que atualmente, 95% dos atentados praticados por estes grupos eram em países islâmicos sendo suas populações, as maiores vítimas. Este fator foi preponderante na redução do apoio e recrutamento para o terrorismo radical e alguns países patrocinadores deixaram de financiá-lo por conta desta anormalidade.
Porém, os últimos episódios envolvendo ações terroristas podem ser o prenúncio de uma nova estratégia. O atentado ocorrido no dia 22 de setembro em um Shopping Center no Quênia, praticado pelo grupo “Al Shabab”, ligado a rede Al Qaeda que opera na Somália, foi o maior atentado direcionado a alvos cristãos naquele país, vitimando 68 pessoas de diversas nacionalidades. Um outro atentado ocorrido em 19 de setembro na Nigéria, praticado pelo grupo Boko Haram, também ligado a rede Al Qaeda, matou 87 pessoas, a maioria cristãos. No Paquistão, um duplo atentado suicida no dia 22 de setembro matou 78 pessoas, também cristãos. Na síria, o braço da rede terrorista Al Qaeda no Ira, tem se caracterizado pela perseguição e morte a cristãos sírios.
A possibilidade de ações indiscriminadas neste sentido, pode significar uma nova e grave ameaça a comunidade internacional, incluindo o Brasil que, até o momento, afastava a hipótese de ser alvo direto do terrorismo internacional. Com a realização de grandes eventos previstos para 2014 e 2016, e mantida esta tendência, o grau de ameaça passa para o nível dois, o que é extremamente preocupante.
Todos estes grupos afiliados, do Magreb, Síria e Iraque já anunciaram fusão e tem como objetivo comum o desejo de implantar um estado islâmico em seus países, o que significa uma única religião. Esta nova estratégia, obviamente não tem a aprovação da maior parte dos muçulmanos, mas é um esforço claro dos grupos radicais que se desmembraram do antigo núcleo da Al Qaeda durante a década passada, para angariar apoio e financiamento a suas operações. Esta conjuntura já ocorreu na década de 90 onde os atentados iniciaram de forma regionalizada para ampliarem-se quando as diversas células se uniram após fortalecidas, para ações mais ousadas.
Outro fator em questão desta possível nova estratégia é o fato de que atentados desta natureza, passam a ter maior atenção da imprensa internacional, uma vez que a maior religião mundial ainda é a cristã com 2,1 bilhão de adeptos, especialmente, no Ocidente. Estas ações somadas a possibilidade cada vez mais crescente de que grupos extremistas xiitas que acorrem em grande fluxo para lutar no conflito da Síria tenham tido acesso a armas químicas naquele país (gás sarin) e dos desdobramentos destes no Iraque, muda radicalmente o panorama do terrorismo internacional. Uma das grandes polêmicas dos últimos anos em relação aos grupos terroristas com tendência extremista islâmica que operam no Oriente Médio, Sul da Ásia e Norte da África, é o grande número de vítimas entre os próprios muçulmanos. Estimativas apontam que atualmente, 95% dos atentados praticados por estes grupos eram em países islâmicos sendo suas populações, as maiores vítimas. Este fator foi preponderante na redução do apoio e recrutamento para o terrorismo radical e alguns países patrocinadores deixaram de financiá-lo por conta desta anormalidade.
Porém, os últimos episódios envolvendo ações terroristas podem ser o prenúncio de uma nova estratégia. O atentado ocorrido no dia 22 de setembro em um Shopping Center no Quênia, praticado pelo grupo “Al Shabab”, ligado a rede Al Qaeda que opera na Somália, foi o maior atentado direcionado a alvos cristãos naquele país, vitimando 68 pessoas de diversas nacionalidades. Um outro atentado ocorrido em 19 de setembro na Nigéria, praticado pelo grupo Boko Haram, também ligado a rede Al Qaeda, matou 87 pessoas, a maioria cristãos. No Paquistão, um duplo atentado suicida no dia 22 de setembro matou 78 pessoas, também cristãos. Na síria, o braço da rede terrorista Al Qaeda no Ira, tem se caracterizado pela perseguição e morte a cristãos sírios.
A possibilidade de ações indiscriminadas neste sentido, pode significar uma nova e grave ameaça a comunidade internacional, incluindo o Brasil que, até o momento, afastava a hipótese de ser alvo direto do terrorismo internacional. Com a realização de grandes eventos previstos para 2014 e 2016, e mantida esta tendência, o grau de ameaça passa para o nível dois, o que é extremamente preocupante.
Todos estes grupos afiliados, do Magreb, Síria e Iraque já anunciaram fusão e tem como objetivo comum o desejo de implantar um estado islâmico em seus países, o que significa uma única religião. Esta nova estratégia, obviamente não tem a aprovação da maior parte dos muçulmanos, mas é um esforço claro dos grupos radicais que se desmembraram do antigo núcleo da Al Qaeda durante a década passada, para angariar apoio e financiamento a suas operações. Esta conjuntura já ocorreu na década de 90 onde os atentados iniciaram de forma regionalizada para ampliarem-se quando as diversas células se uniram após fortalecidas, para ações mais ousadas.
Outro fator em questão desta possível nova estratégia é o fato de que atentados desta natureza, passam a ter maior atenção da imprensa internacional, uma vez que a maior religião mundial ainda é a cristã com 2,1 bilhão de adeptos, especialmente, no Ocidente. Estas ações somadas a possibilidade cada vez mais crescente de que grupos extremistas xiitas que acorrem em grande fluxo para lutar no conflito da Síria tenham tido acesso a armas químicas naquele país (gás sarin) e dos desdobramentos destes no Iraque, muda radicalmente o panorama do terrorismo internacional.