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TRÁFEGO AÉREO – Rio-São Paulo opera com navegação baseada em performance a partir de dezembro

Diretor de operações do DECEA, Brigadeiro do Ar José Alves Candez Neto  Agência Força Aérea/Sgt RezendeA partir de dezembro deste ano, os aeroportos das áreas terminais Rio e São Paulo devem operar com o sistema de navegação baseada em performance, sistema que permite reduzir tempo de voo e, automaticamente, consumo de combustível, aumento da capacidade, e, principalmente, mais precisão e segurança operacional. A afirmação foi feita pelo diretor de operações do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), Brigadeiro do Ar José Alves Candez Neto, em audiência pública realizada na manhã desta quarta-feira (11/09) na Comissão de Infraestrutura do Senado. 
 
A reunião é o terceiro painel do quarto ciclo de audiências “Investimento e Gestão: desatando o nó logístico do país”, que busca entender os gargalos que podem comprometer o crescimento do país. Além do DECEA, Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), Associação Brasileira das Empresas de Aviação Regular (Abear) e Aeroporto Internacional de São Paulo discutiram os desafios da infraestrutura aeronáutica e aeroportuária. Na semana passada, a comissão ouviu o Ministro-Chefe da Secretaria de Aviação Civil (SAC). 
 
Implementação para a Copa de 2014 – Além de concentrar a maior movimentação aérea do país, os aeroportos internacionais de São Paulo e Rio de Janeiro serão as principais portas de entrada dos voos internacionais aguardados para a Copa de 2014. Por isso, concentram o foco do trabalho de implementação neste ano da navegação baseada em performance, (PBN na sigla em inglês Performance Based Navigation). O sistema é uma das iniciativas do Programa Sirius, como é chamado no Brasil o conceito de gerenciamento do tráfego aéreo baseado em satélites e comunicação digital, considerado o futuro da navegação aérea. 
 
No aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, por exemplo, será possível reduzir a altura para realizar o procedimento de aproximação por instrumentos de 1.500 pés para 305 (ou 100 metros).  “Estamos à frente da demanda”, explica o oficial-general. Para o militar, o principal desafio a partir de agora é a necessidade das aeronaves estarem equipadas o mesmo sistema. A nova tecnologia também já permitiu a implantação de mais de 700 procedimentos aeronáuticos no Brasil
 
Ao lado de Estados Unidos, Europa e Japão, o Brasil integra o grupo que está mais avançado na implantação do sistema.
 
Outro projeto que faz parte da modernização do controle do tráfego aéreo é o gerenciamento de informações aeronáuticas. Já em operação, permite que os pilotos busquem informações aeronáuticas num único banco de dados digital.
 
Mercado – Para o diretor da Associação Brasileira das Empresas de Aviação Regular (Abear), Ronaldo Jenkis, a nova tecnologia é fundamental. “O espaço aéreo é único. À medida que há um adensamento, rotas mais diretas, com redução de consumo de combustível, tornam a operação mais segura e sustentável”, avalia o diretor. 
 
De acordo com associação, o país é hoje o terceiro maior mercado de aviação, atrás apenas de Estados Unidos e China. A perspectiva é de que até 2020 dobre o número de passageiros, atingindo mais de 200 milhões, e o número de aeronaves operando chegue a 976.

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