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França vai propor à ONU que arsenal químico sírio fique sob tutela da OPCW

A França vai apresentar nesta terça-feira ao Conselho de Segurança da ONU um projeto de resolução que prevê o controle e o desmantelamento das armas químicas do regime sírio sob a tutela da Organização para Proibição de Armas Químicas (OPCW). Segundo o chanceler Laurent Fabius, o projeto de resolução será baseado no capítulo 7 da carta das Nações Unidas, que autoriza o uso da força em caso de descumprimento da decisão.

A Organização para a Proibição de Armas Químicas ou OPCW (Organisation for the Prohibition of Chemical Weapons) é uma organização criada em 1997 pelos países que já participavam da Convenção de Armas Químicas. A Síria não é signatária dessa convenção.

O objetivo da França, de acordo com Fabius, é condenar o massacre do dia 21 de agosto nos arredores de Damasco, que os ocidentais afirmam ter sido cometido pelo regime, e ao mesmo tempo exigir esclarecimentos do programa sírio de armas químicas.

O ministro francês da Defesa, Jean-Yves Le Drian, estimou hoje que a pressão feita sobre o regime, principalmente pelos Estados Unidos e a França, funcionou. Ele considera a proposta russa, de colocar sob controle internacional o arsenal químico da Síria, uma "abertura". Le Drian espera que o presidente sírio aceite oficialmente a proposta e crie as condições para que esse controle seja feito rapidamente.

Em entrevista exibida ontem pela rede americana CBS, al-Assad reafirmou não ter partido dele a ordem de ataque químico. Em tom ameaçador, ele preveniu que uma intervenção franco-americana na Síria teria consequências "imprevisíveis" para todo o Oriente Médio, uma região que já vive à beira da explosão.

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