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Castello Branco impôs cláusulas para impedir desnuclearização

Nota DefesaNet

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O Editor

Correção

Corrigidas as datas que estavam incorretas. Indicavam 1988 e o correto é 1966.

O Editor

O presidente Humberto Castello Branco deu instruções minuciosas à missão diplomática brasileira que participaria da reunião da Comissão Preparatória para a Desnuclearização da América Latina (COPREDAL), no México, em abril de 1966. A ideia do militar brasileiro era a de criar uma situação que mantivesse a condição brasileira de defensor do pacifismo no continente; mas que não impedisse o País de se aparelhar adequadamente na corrida nuclear.
 

Uma das preocupações brasileiras era que a desnuclearização da América Latina contemplasse todos os países da região, incluindo Cuba, para onde haviam sido transportados mísseis nucleares soviéticos. Como o governo brasileiro sabia que era praticamente impossível que os cubanos aderissem a essa cláusula, o pulo do gato estaria garantido e o Brasil poderia manter seus pianos nucleares sem abandonar o papel de pacifista. 
 
A ordem do presidente, enviada em 2 de abril de 1966, determinava que "a delegação brasileira não poderá aceitar reservas de outros governos,: nem poderá transigir a respeito aos pré-requisitos listados". Um desses itens pré-fixados era o de justamente condicionar a desnuclearização da América Latina à assinatura de todos os países da região, o que incluía a já mais do que armada Cuba. / M.M. 

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