Os rebeldes sírios preparam uma grande ofensiva para tomar o controle da cidade de Aleppo, depois da captura de dois enclaves militares estratégicos da região, informou à agência EFE o porta-voz do Exército Livre Sírio (ELS), coronel Qasem Saadedin.
De acordo com o porta-voz, o objetivo dos insurgentes é dominar totalmente Aleppo, no norte da Síria, onde muitos bairros ainda estão controlados pelas forças governamentais. Assim, a cidade se tornaria a segunda capital provincial "libertada" depois de Al Raqa, tomada pelos rebeldes no começo de maio após duros confrontos com as forças do regime.
Saadedin disse que após a tomada da cidade de Khan al-Asal, na última segunda-feira, e de várias vitórias do ELS na região, "já estão abertos os caminhos rumo a Aleppo".
Khan al-Asal, segundo o dirigente rebelde, era um bastião dos soldados do regime e servia para proteger vários quartéis militares ao sul de Aleppo, onde os insurgentes também tomaram as localidades de Al Hayira e Al Abida. Quanto ao restante da província, o porta-voz informou que as áreas rurais estão controladas totalmente pelos rebeldes, salvo o aeroporto militar de Meneg e heliporto de Kuires.
Nos últimos meses, Aleppo vem sendo alvo de várias ofensivas rebeldes, assim como do regime, em uma luta por seu controle travada inclusive em seu centro histórico. Hoje mesmo, dois representante das Nações Unidas chegaram a Damasco procedentes do Líbano para tratar com autoridades da missão do organismo internacional que averiguará o suposto uso de armas químicas na Síria, entre outros lugares em Khan al-Asal.
Civis sitiados
Também nesta quarta-feira, a Cruz Vermelha indicou que as autoridades sírias estão bloqueando o acesso à antiga cidade de Homs, onde civis sitiados estão precisando com urgência de alimentos e medicamento. A orgnização também adverte sobre possíveis consequências "trágicas".
Na sexta-feira passada, o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (ICRC) revelou que estava negociando uma trégua humanitária para poder entrar em Homs, onde as forças do presidente Bashar al-Assad vêm conduzindo uma forte ofensiva contra rebeldes, com ataques de artilharia e aéreos.
"Estamos tentando, há 20 dias agora, levar medicamentos e outra ajuda à antiga cidade de Homs", disse Magne Barth, chefe da delegação da ICRC na Síria, em uma declaração feita em Genebra. "Apesar de amplas negociações com ambos os lados, e três viagens entre Damasco e Homs, ainda não recebemos o sinal verde das autoridades sírias", disse.
Com informações das agências EFE e Reuters