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A ESPIONAGEM E O EMBUSTE DA INDIGNAÇÃO.

 


Paulo Ricardo da Rocha Paiva
                                                                                       Coronel de Infantaria e Estado-Maior

Eis que o “repeteco” da indignação gerada quando da reativação da 4ª Frota/USA é amplamente divulgado pelas TV, patriotadas de congressistas, entre estes até “mensaleiros” condenados pela justiça, irados, estressadinhos, pisando ainda de sapato alto no parlamento que enxovalharam, vociferando contra a espionagem cibernética de predador alienígena, é de pasmar, do nosso “irmão Caim do Norte”, que nunca escondeu sua aversão ao surgimento de um competidor no seu quintal latino-americano.

Mas, e quanto à quinta-coluna que, sem depender do campo virtual, bisbilhota através das ONGs, sabidamente financiadas pela gang dos cinco do CS/ONU? Elas estão subvertendo sem que a governança e a politicalha, ambas descomprometidas com a nossa soberania, atuem de forma a proscrevê-las. Alerta! Já faz tempo, espiões disfarçados de “ongueiros” fomentam um grande levante do gentio, travestido em nação pelo Ministro Celso Amorim.

Perigo! Notórios grupelhos nos três poderes teimam naquela conversa de bêbado que minimiza os desígnios dos poderosos: -“Contrainformação para que? Temos outras prioridades. ABIN? Cuidado! O SNI levantava passados pregressos. Vamos subordiná-la a ministros apáticos, despersonalizados. Investir em intelligentsia, Deus me livre!“ Acontece que a população já abomina o embuste, o arroubo inconsequente de última hora, vomitado por homens públicos no mínimo suspeitos no trato dos ferimentos de nossa soberania!

Por certo, estas bravatas “indignadas”, para um povo que hoje protesta nas ruas, constituem, sim, uma grande palhaçada! Protestos inócuos de políticos, retórica vazia de diplomatas, os patriotas eventuais que nunca se ligaram de forma a dotar o País com sistema de informações condigno, que se diga prioritário, “razão de estado” vital para as grandes potências militares. Daí não estarem nem aí para a gritaria de cucarachos, altruístas imbecis que, acreditando ainda em Papai Noel, se somam à retórica vazia de seus representantes, todos de igual modo cegos e surdos.

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