O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, se recusou a desistir de suas novas propostas de paz para o Oriente Médio que irritaram Israel, enquanto pronunciava discurso à principal entidade que representa os interesses judaicos em Washington em meio à tensão entre os dois países.
Mas Obama, falando ao grupo pró-Israel Aipac, procurou tranquilizar os apoiadores de Israel de seu compromisso com Israel, três dias depois de defender uma reivindicação antiga dos palestinos sobre as fronteiras de seu futuro Estado, o que provocou uma repreensão por parte do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.
Mesmo assim, o presidente dos EUA reafirmou que o compromisso do país com a segurança de Israel é inabalável. "Mesmo que de vez em quando discordemos, como amigos fazem às vezes, as relações entre os Estados Unidos e Israel são inquebráveis, e o compromisso dos Estados Unidos com a segurança de Israel é inabalável", afirmou em meio a aplausos. O presidente também afirmou que Washington está indo "além" da assistência militar regular ao Estado judeu com o objetivo de ajudar a "manter a superioridade qualitativa militar de Israel".
Obama reiterou ser contra a pressão palestina na ONU para a criação do território palestino. Para o presidente dos EUA, a paz não poderá ser imposta a Israel e seus vizinhos, e o voto das Nações Unidas nunca criará um Estado palestino. "As fronteiras de Israel e Palestina devem estar baseadas nas linhas de 1967 com as mudanças de acordo mútuo, para que sejam estabelecidas fronteiras seguras e reconhecidas pelos dois Estados", disse o presidente
Obama ainda afirmou que os EUA continuarão a "manter a pressão" sobre o Irã, reafirmando seu "compromisso de impedir" que Teerã adquira armas nucleares. "Hoje, o Irã está praticamente cortado de grande parte do sistema financeiro internacional, e nós vamos manter a pressão. Deixe-me ser muito claro: nós estamos determinados a impedir que o Irã adquira armas nucleares."
Com informações da Reuters e AFP