O Brasil e o Paraguai dão mais um passo para firmarem as Normas Binacionais de Defesa Aérea que vão sistematizar a transferência de informações sobre aviões que cruzam a região de fronteira. Os dois países encerraram na sexta-feira (10/05) a terceira ediçao da PARBRA, exercício que reuniu cerca de trezentos militares e vinte aeronaves das duas Forças Aéreas, realizado a partir da Base Aérea de Campo Grande, na região centro-oeste do país e também das cidades de Concepción, Pedro Juan Caballero, no Paraguai.
Durante a primeira semana de maio, controladores e pilotos simularam a transferência de tráfegos aéreos desconhecidos. O procedimento inclui monitorar e, se necessário, inteceptar aeronaves que cruzam a fronteira sem identificaçao. Ao todo, a FAP e a FAB voaram, aproximadamente, cento e trinta horas em missões de defesa aérea, transporte aéreo logístico e controle e alarme em voo.
O Diretor do Exercício por parte da Força Aérea Brasileira (FAB), Major-Brigadeiro do Ar Carlos de Almeida Baptista Júnior, encontrou-se com o General de Brigada Aeronáutica Aristides Ramon Dominguez Gutter, da Força Aérea Paraguaia (FAP), em Concepción, onde presidiram uma reunião com todos os envolvidos, para apontar os aspectos positivos e as oportunidades de aprimoramento das futuras operações binacionais.
A comitiva brasileira também realizou uma visita à estação operacional do radar tático EL/M 2106 NG, equipamento que foi o grande diferencial do exercício. Pela primeira vez, os controladores de voos militares da FAP puderam realizar interceptações com seus próprios radares de defesa aérea.
Base Aérea de Campo Grande concentrou atividades do exercício
A Base Aérea de Campo Grande (BACG) no Mato Grosso do Sul foi o cenário brasileiro nas missões do exercício PARBRA III, realizado pelas Forças Aéreas do Brasil e do Paraguai. Acostumada a apoiar manobras militares, a BACG prestou apoio de saúde, segurança, alimentação, transporte e infraestrutura, além de sediar o 2°/10° GAV, Esquadrão Pelicano, que manteve aviões e helicópteros de busca e salvamente em prontidão.
Com 540 hectares de área, a Base sedia diversas unidades, dentre elas os Esquadrões que atuaram no exercício binacional: 3°/3° GAV, Esquadrão Flecha, que opera o caça A-29 Super-Tucano e o 1°/15° GAV, Esquadrão Onça, que empregou o C-98 Caravan. “Estamos prontos para apoiar nossas unidades sediadas e desdobradas em manobras e exercícios como a PARBRA. É a missão da Base”, afirma o Coronel Aviador Flávio Eduardo Mendonça Tarraf, Comandante da BACG.
Estrategicamente localizada na região Centro-Oeste do país, a Sentinela Alada do Pantanal, como também é conhecida a BACG, não parou suas atividades rotineiras durante o exercício PARBRA. Na mesma semana, a Base prestou apoio às aeronaves de autoridades e às comitivas paraguaias, além de se preparar para receber tropas do Exército Brasileiro que se deslocam do Haiti e a operação interagências Ágata Brasil.