Quase 9 mil pessoas se inscreveram para participar do show de abertura da Copa das Confederações, em Brasília. O que os dançarinos amadores não sabem é que eles tiveram a vida devassada por equipes de inteligência do governo. Tudo para evitar o risco de atentados e afastar a chance de haver extremistas disfarçados com as fantasias da apresentação. Todos os voluntários que participarão do evento internacional passaram pelo pente fino da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN).
O levantamento é parte do trabalho da ABIN para garantir a segurança da festa. A coluna teve acesso com exclusividade a trechos do relatório de avaliação de risco realizada em Brasília e entregue ao GDF na semana passada. Os oficiais da agência visitaram hotéis, centros de treinamento, o aeroporto e, claro, o Estádio Nacional. Somente 4% dos pontos avaliados foram considerados de alto risco.
Ao todo, 77% dos quesitos avaliados tiveram a classificação de risco baixo ou muito baixo — percentual considerado satisfatório. Se as sugestões apresentadas pela ABIN forem seguidas pelo governo local, os riscos altos e médios caem para zero em todos os locais do evento. O relatório indica possíveis ameaças, como a ação de grupos extremistas, falhas técnicas, brigas de torcidas e incidentes de trânsito.
O trabalho continuará em tempo real durante o evento: enquanto os espectadores estiverem vidrados no campo, torcendo para o Brasil no jogo contra o Japão, oficiais da Abin, policiais federais, civis e militares estarão de olho em toda a movimentação para evitar qualquer supresa que estrague a festa do futebol.