Chefe da Assessoria Especial da Presidência da República, Celso Amorim, atuou como enviado especial do presidente Lula à Venezuela, Rússia, Ucrânia e Oriente Médio. Na CREDN, ele defendeu a manutenção dos canais de diálogo para a solução de conflitos. Foto CREDN Câmara Federal
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Brasília – Na terça-feira, 30OUT2024, o Embaixador Celso Amorim, Chefe da Assessoria Especial da Presidência da República, compareceu à Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional (CREDN) para falar de suas gestões como enviado especial à Venezuela, Rússia, Ucrânia e Oriente Médio, em atendimento aos requerimentos apresentados pelos deputados Lucas Redecker (PSDB-RS) e Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PL/SP).
No encontro, ele afirmou que houve quebra de confiança nas relações com a Venezuela, por conta das atas de votação das eleições de 28 de julho, que até o momento não foram apresentadas. No entanto, Amorim defendeu a manutenção da interlocução com o regime venezuelano para a busca de uma solução para a crise política ali instalada.
Segundo ele, “estamos acompanhando de perto esse processo político, mas a solução precisa ser construída pelos próprios venezuelanos, por meio do diálogo, e não imposta de fora”, afirmou. Amorim disse ainda que “o presidente Lula não chegou a conversar com o presidente Maduro por não ter recebido sinais de abertura para um diálogo franco”.
Celso Amorim considerou, também, injustas as acusações feitas por Maduro e outros integrantes do seu governo, contra o Brasil e ao Itamaraty. “Esse entendimento difícil é necessário, porque temos uma fronteira de 2.000 km com a Venezuela, temos que cooperar contra a criminalidade internacional, proteger povos indígenas e preservar a Floresta Amazônica”, defendeu. Por outro lado, Amorim reconheceu que o veto informal ao ingresso da Venezuela no BRICS, “diminuiu nitidamente” o nível de diálogo com o país vizinho