Assessoria de imprensa – CREDN
Brasília, 9 de outubro de 2024.
De acordo com diferentes agências de inteligência, os terroristas que atacaram a Embaixada de Israel e a AMIA, em 1992 e 1994, em Buenos Aires, passaram pelo Brasil em algum momento, antes e após os atentados.
Infiltração de terroristas no Brasil será tema de audiência pública da CREDN
Brasília – A infiltração de terroristas no Brasil será tema de audiência pública da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional (CREDN) que aprovou nesta quarta-feira, 9, requerimento de autoria do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), para tratar do assunto. O evento deverá ser realizado no mês de novembro.
Ao defender a aprovação da matéria, Eduardo Bolsonaro recordou os atentados de 1992 e 1994, na Argentina, contra a Embaixada de Israel e a Associação Mutual Israelita Argentina (AMIA). De acordo com diferentes agências de inteligência, os terroristas passaram pelo Brasil em algum momento, antes e após os atentados.
“Em novembro de 2023, 11 mandatos de prisão foram cumpridos pela PF em Brasília, São Paulo e Minas Gerais, quando foram presos brasileiros vinculados ao Hezbollah, o grupo terrorista libanês financiado pelo Irã. Um dos presos em São Paulo foi detido ao desembarcar justamente de uma viagem ao Líbano”, assinalou. “Em junho deste ano, a Justiça Federal de São Paulo autorizou a deportação do palestino Muslim Abu-Umar, de 37 anos, que estava retido no aeroporto de Guarulhos (SP), por suspeita de ligação com o grupo terrorista Hamas”, acrescentou.
Bolsonaro também está preocupado com o recrutamento de combatentes realizados por essas organizações. Segundo ele, “nos anos mais recentes, diferentes países ocidentais se depararam com a ostensiva campanha de propaganda e recrutamento de jovens para lutarem a Jihad na Síria, Iraque e, mais recentemente, no Líbano ao lado do Hezbollah, e em Gaza, junto à Jihad Islâmica e o Hamas. Não estamos imunes a este processo”, adiantou o deputado.
Para o evento, serão convidados:
- Henri Kadima, brasileiro que serviu nas Forças de Defesa de Israel;
- André Luís Woloszyn, analista de Inteligência e consultor de agências internacionais em matéria de terrorismo;
- Liliana Korniat, diretora da Área Internacional do Instituto de Desenvolvimento Econômico e Social de Fronteiras (IDESF) e especialista em economias criminosas nas fronteiras;
- Eduardo de Oliveira Fernandes, diplomado em Política e Estratégia pela Escola Superior de Guerra e pelo Departamento de Estado dos EUA em Prevenção de Ações Terroristas, e que foi chefe do Centro de Inteligência da Polícia Militar de São Paulo; e
- Camilo Graziani Caetano de Paes Almeida, chefe da Divisão de Enfrentamento ao Terrorismo da Polícia Federal.
