Diplomacia Militar
Washington (EUA) – Entre os dias 21 e 23 de agosto, autoridades do Departamento de Defesa e das Forças Armadas dos Estados Unidos receberam, no Pentágono, em Washington, uma comitiva brasileira para discutir colaborações entre os dois países na área da Ciência, Tecnologia e Logística de Defesa. Foram dados passos significativos para a consolidação da parceria entre o Instituto de Pesquisa da Capacitação Física do Exército (IPCFEx) e o Instituto de Pesquisa Walter Reed, do Exército Norte-americano (Walter Reed Army Institute of Research – WRAIR), contribuindo para o desenvolvimento de estudos científicos focados na melhoria do desempenho físico e cognitivo dos soldados em contextos operacionais.
A comitiva brasileira foi composta por chefes, vice-chefes e diretores de departamentos e órgãos de ciência e tecnologia do Ministério da Defesa e das Forças Singulares. O Coronel Veterano Antônio Fernando Araújo Duarte, Assessor de Doutrina do Centro de Capacitação Física do Exército (CCFEx) representou o CCFEx na atividade. A visita ocorreu no âmbito do IV Seminário EUA-Brasil de Pesquisa, Desenvolvimento, Teste e Avaliação, em que foram discutidas propostas de intercâmbio de conhecimento e acordos científicos de alto nível entre os dois países para o desenvolvimento de projetos científicos na área de Defesa.
Como parte dos trabalhos, o Coronel Duarte, pesquisador sênior no projeto “Otimização do Condicionamento Cerebral e Físico (B-POC) como uma Ferramenta de Treinamento para Melhorar a Resiliência dos Soldados ao Estresse de Combate”, fez a sua apresentação às comitivas. Ele abordou os fundamentos científicos do projeto, bem como as demandas administrativas e logísticas envolvidas.
Durante o seminário, ajustes finais foram realizados no Acordo de Projeto, que agora está pronto para a assinatura pelo Departamento de Defesa dos EUA e pelo Ministério da Defesa do Brasil. “O projeto tem grande potencial de trazer avanços significativos na maneira de se pensar e planejar o treinamento físico, integrando trabalhos físicos e mentais no sentido de proporcionar ao soldado maior tolerância à fadiga de combate e processos mais eficientes de tomada de decisão”, ressaltou o Coronel Duarte.
Espera-se que, ainda neste ano, ocorra o intercâmbio de pesquisadores entre as equipes do IPCFEx e do WRAIR para ajustar os últimos detalhes do protocolo experimental. O início do desenvolvimento dos trabalhos de laboratório e de campo está previsto para os primeiros meses de 2025. Essa iniciativa reflete o compromisso contínuo de ambos os países em explorar caminhos pelos quais a ciência possa melhorar o desempenho operacional dos combatentes.