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VP da Akaer debate desafios da Engenharia do Futuro no ITA

O vice-presidente de Operações da Akaer, Fernando Ferraz, foi um dos convidados especiais do Engineering Education for the Future (EEF-2024), maior e mais importante evento do Brasil sobre a Engenharia do Futuro, promovido pelo ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica).

Ele participou nesta sexta-feira (17) de uma mesa-redonda que debateu temas como inovação e sustentabilidade na indústria e os desafios da formação de engenheiros para um mundo em transformação.

As discussões foram mediadas pela professora Nilda Nazaré Pereira Oliveira, do Departamento de Humanidades do ITA.

“Quando falamos sobre Educação e Futuro, precisamos ampliar a perspectiva e imaginar um horizonte de muitos anos à frente. Fazer e, principalmente, acertar as previsões são desafios grandes demais. Talvez, ao invés de adivinhar o futuro, devamos construir este futuro. Dentro desta ótica, eventos como o EEF permitem trazer diferentes visões e discutir como construir este futuro a partir dos conceitos básicos e da estruturação de uma cultura evolutiva”, afirmou Ferraz.

“Acredito que trazer diferentes atores para esta discussão, além de ser o melhor caminho para estruturarmos a construção do futuro, permite aos alunos e egressos uma visão mais clara do mundo e desafios que os aguardam”, acrescentou.

Inteligência Artificial

O EEF-2024 reúne professores, pesquisadores (do Brasil e do exterior), estudantes, líderes da indústria, representantes do poder público e entidades em uma extensa programação, que começou na quinta-feira (16) e termina neste sábado (18).

O evento discute as novas tecnologias e os desafios que moldarão a Engenharia nas próximas décadas – no Brasil e no mundo.

Embora reconheça que o avanço da Inteligência Artificial proporcionou a criação de poderosas ferramentas que podem facilitar e acelerar diversos processos, o VP de Operações da Akaer pondera que, sozinhas, “elas não resolvem, nem resolverão tudo”.

“Elas [IAs] permitem focarmos em partes mais nobres e complexas dos problemas. Permitem que foquemos em modelá-los, ao invés de gastar quase todo o tempo em resolvê-los. Mas a verdade permanecerá a mesma: a qualidade das soluções é diretamente associada à capacidade de entendimento e modelagem dos problemas, e isso as ferramentas não fazem sozinhas”, ressaltou.

“Com melhores ferramentas, poderemos focar em problemas complexos com modelagem dinâmica e adaptativa. Buscar modelagem de consciência, equilíbrio e termodinâmica de sistemas de informação, física de partículas, cosmologia, microbioquímica, neuropsicologia, campos onde hoje esbarramos na falta de entendimento científico. Com a ajuda de ferramentas mais poderosas, vamos evoluir mais rapidamente e trazer para a vida prática as vantagens destes desenvolvimentos.”

Integração

Fernando Ferraz destaca que o desenvolvimento contínuo e sustentável da indústria precisa “do fechamento do ciclo da inovação”.

“O conhecimento vindo de P&D [Pesquisa e Desenvolvimento] precisa se materializar em inovações para que o recurso investido na sua geração e desenvolvimento retorne à sociedade e seja novamente reinvestido, completando o ciclo virtuoso. Aproximar academia, indústria, governo e sociedade, trazendo mais atores para o processo de geração, desenvolvimento e aplicação do conhecimento, melhora e acelera este ciclo”, disse.

“O ensino convencional apresenta problemas ‘fechados’, que admitem uma ou um número limitado e fixo de soluções certas. A vida real é composta, na grande maioria das vezes, por problemas ‘abertos’ que admitem várias soluções. Que dependem de inúmeras condições externas, que variam com o tempo e o contexto. Trazer os alunos para este ‘mundo real’ ajuda a formar profissionais melhores e com maior capacidade de adaptação ao mundo, que certamente continuará a mudar continuamente e com maior velocidade”, concluiu.

Além de Fernando Ferraz, participaram da mesa-redonda os professores Fábio do Prado (Associação Brasileira de Educação em Engenharia), Carlos Ignácio Mammana (Associação Brasileira de Informática) e Andressa de Mello (Sust’nReal) e o CEO da empresa Infraway, Thiago Nykiel.

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