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FAB realiza último lançamento de cestas de alimentos na Terra Indígena Yanomami

Ao todo, estiveram envolvidos na Operação cerca de 374 militares das Forças Armadas e 36 aeronaves de asas rotativas e asas fixas

Agência Força Aérea: Comando Operacional Conjunto Catrimani

Dia quente, com poucas nuvens e temperatura chegando aos 32ºC. Esse foi o cenário que envolveu os últimos lançamentos de cestas de alimentos às comunidades da Terra Indígena Yanomami (TIY), pela Operação Catrimani, em Roraima. Esse marco contou com a participação do Primeiro Esquadrão do Nono Grupo de Aviação (1º/9º GAV) – Esquadrão Arara – que ficou responsável pelo lançamento de 12 CDS (do inglês Container Delivery System), por meio de duas aeronaves C-105 Amazonas da Força Aérea Brasileira (FAB).

Com atividades aéreas intensas, em cumprimento à Portaria GM-MD nº 263, de 16 de janeiro de 2024, a Operação Catrimani visa fornecer assistência humanitária às comunidades indígenas da TIY, em caráter temporário, por meio do apoio logístico na distribuição de cestas de alimentos às comunidades indígenas, além de  Evacuações Aeromédicas (EVAM) e, ainda, apoio aos Órgãos de Segurança.

O Comandante de uma das aeronaves C-105 Amazonas, Capitão Aviador Glauber Ribeiro Constantino, destacou aspectos importantes da atuação do Esquadrão na Operação. “A atividade de ressuprimento aéreo em apoio ao povo Yanomami proporcionou ao Esquadrão Arara cumprir com maestria a missão de integrar a região amazônica, desenvolvendo a operacionalidade de seus tripulantes nos lançamentos aéreos no método CDS. Nesse contexto, também foi utilizada a capacidade máxima da aeronave C-105 Amazonas de lançar sete CDS em uma única passagem, atividade inédita alcançada pelo Esquadrão. A sensação de cumprimento de propósito e superação tomaram conta de todos os envolvidos no lançamento”, afirmou.

Em complemento, o Comandante da segunda aeronave C-105 Amazonas, Capitão Aviador Talyson Monte de Almeida, ressaltou a gratidão de toda a tripulação nesse momento marcante da Operação. “O sentimento é de missão cumprida, depois de muito esforço e tantas horas voadas. Para nós é um marco fechar essa Operação e fazer esse último lançamento das cestas em apoio, mais uma vez, aos povos indígenas da TIY”, destacou.

Ao todo, a Operação Catrimani contou com a atuação de 374 militares da Marinha do Brasil (MB), do Exército Brasileiro (EB) e do efetivo de Unidades da FAB distribuídas por todo o país, além do emprego de aeronaves de Asas Rotativas e Asas Fixas, como o C-98 Caravan e o H-60L Black Hawk da FAB; o HM-1 Pantera, o HM-2 Black Hawk e o HM-4 Jaguar do EB; e o UH-15 Super Cougar da MB. Atuando de forma coordenada e em apoio mútuo, os vetores engajados na Operação já chegaram a 2.400 horas de voo, realizando a entrega de 360 toneladas de suprimentos às comunidades indígenas da TIY.

“Devido às condições da pista e a capacidade da Força Aérea Brasileira de efetuar esse tipo de lançamento, o uso da aeronave C-105 Amazonas propiciou uma maior eficiência no transporte das cestas de alimentos a Surucucu, com um custo menor do que se fossem transportadas por intermédio das aeronaves C-98 Caravan, por exemplo. Além desse ganho de eficiência, conseguimos deixar as nossas tripulações mais adestradas para o emprego real dessa capacidade que a FAB detém”, explicou o Chefe do Estado-Maior do Comando Operacional Conjunto (COpCj) Catrimani, Brigadeiro do Ar Eduardo Miguel Soares.

Lançamentos de CDS

Na Operação, os suprimentos eram lançados das aeronaves C-105 Amazonas a aproximadamente 200 metros de altura e chegavam ao Quarto Pelotão Especial de Fronteira (4º PEF), em Surucucu, com a ajuda de paraquedas, devidamente instalados nos CDS. De forma conjunta, a FAB e o EB, por meio do Batalhão de Dobragem, Manutenção de Paraquedas e Suprimento Pelo Ar (B DOMPSA), executavam todo o trabalho de instalação de paraquedas.

“A função do especialista DOMPSA nas missões aéreas de lançamento de carga média é prestar apoio à tripulação com qualquer informação que envolva paraquedas na carga. Somos responsáveis por acompanhar o embarque da carga na aeronave, ficamos em condições de configurar a carga para o lançamento, apoiamos a tripulação com o lançamento propriamente dito e ainda realizamos funções em emergências”, descreveu o integrante do Batalhão de Dobragem, Manutenção de Paraquedas e Suprimentos pelo ar (B DOMPSA), Sargento Matheus de Souza Maia.

Logística reversa

Após os lançamentos, equipes em solo, em Surucucu, coordenadas pelo  B DOMPSA, realizavam o recolhimento de todo o material de paraquedas e cadarçarias e aguardavam a chegada da aeronave C-98 Caravan da FAB, responsável por levar de volta a Base Aérea de Boa Vista (BABV) todo o material, para que fossem realizadas as dobragens dos paraquedas e a montagem de novos CDS a serem utilizados nos lançamentos do dia seguinte.

Fotos: Tenente Myrea Calazans / CECOMSAER

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