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Drex é o nome da nova moeda digital do Brasil, anuncia BC

Projeto de CBDC ganhou nome oficial nesta segunda-feira (7)

(Infomoney) O Banco Central anunciou, nesta segunda-feira (7), o Drex, nome oficial do Real Digital do país.

Segundo o BC, cada letra do real digital equivale a uma característica da ferramenta. O “D” representa a palavra digital; o “R” representa o real; o “E” representa a palavra eletrônica; e o “X” passa a ideia de modernidade e de conexão, além de repetir a última letra do Pix, sistema de transferência instantânea criado em 2020.

“O time de marketing do BC criou o nome e juntou vários elementos de inovação. Com isso, damos um passo a mais na família do Pix, que a gente criou e já faz tanto sucesso”, diz Fabio Araujo, coordenador do Drex no BC, durante a live de anúncio do novo nome no YouTube.

Segundo o executivo já mencionou outras vezes, o Drex funcionará como uma espécie de “Pix dos serviços financeiros”, já que a moeda digital vai permitir a transferência de ativos financeiros de forma tão imediata quanto o Pix.

O Drex é a moeda digital do Banco Central e a versão brasileira do “Central Bank Digital Currency” ou CBDC. O novo nome vai “rebatizar” todo o projeto que o BC vem desenvolvendo.

“A solução, anteriormente referida por Real Digital, propiciará um ambiente seguro e regulado para a geração de novos negócios e o acesso mais democrático aos benefícios da digitalização da economia a cidadãos e empreendedores”, explica, por nota, o BC.

As CBDCs são apresentações totalmente virtuais de moedas comuns e vêm sendo desenvolvidas por pelo menos 90 países, além do Brasil. Elas prometem mudar completamente a forma com que se faz política monetária no mundo – em alguns casos, governos poderão enviar dinheiro diretamente para o cidadão, sem intermediação de bancos, por exemplo.

Importante explicar que a moeda digital, o Drex é só uma nova forma de representação da moeda, e tem paridade com o real. “Assim como a nota de R$ 1 é o mesmo real que está na sua conta corrente no banco”, pontua Aristides Cavalcante, chefe de cibersegurança do BC, que também participou da live.

Ainda, o BC já compartilhou sua intenção de digitalizar cada vez mais a economia brasileira, com o objetivo de trazer mais eficiência e segurança. O desenvolvimento do Drex faz parte desse plano, incluindo a integração com Open Finance e Pix. 

Fase de testes

Atualmente já está em vigor a fase de testes para o desenvolvimento da plataforma do Drex, chamada de Piloto RD.

Os testes vão funcionar com transações (de emissão, negociação, transferência e resgate) e clientes simulados e vão durar até março de 2024.

O piloto é um ambiente colaborativo para testes e desenvolvimento com tecnologia DLT (Distributed Ledger Tecnology), de registro distribuído para operações com o Real Digital. O foco é testar a infraestrutura e a privacidade das informações que vão transitar na rede.

Vale lembrar que a “estrutura” (banco de dados) mais conhecida com base na tecnologia DLT é a blockchain devido ao sucesso do bitcoin. No piloto, a escolhida foi a plataforma Hyperledger Besu, uma rede blockchain baseada no ecossistema do Ethereum.

“A primeira diretriz [para o desenvolvimento do CBDC nacional] é a utilização de uma plataforma de registro distribuído que permita o registro de ativos de diversas naturezas, um DLT multiativo”, diz  Araújo, do Banco Central.

A expectativa é de que o Drex (Real Digital) poderá ser testado no fim de 2024 pela população, se o projeto-piloto tiver sucesso.

Três categorias de ativos

Dentro dessa plataforma em testes, o BC vai registrar três categorias de ativos:

  • Drex Digital: para o atacado ou interbancário; moeda do Banco Central, que hoje os análogos são as reservas bancárias ou as contas de liquidação;
  • Drex Tokenizado: para o varejo; versões tokenizadas do depósito bancário; que é o dinheiro em sua versão digital do que a pessoa física tem no banco;
  • Títulos do Tesouro Direto: possibilidade de compra e venda de títulos públicos federais (TPF) no mercado primário e secundário.

Embora o Drex (Real Digital) tenha ganhado força como nome mais conhecido da versão virtual do dinheiro, o BC deu nomenclaturas específicas diferentes para separar o funcionamento de cada ativo no ambiente digital que está sendo criado.

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