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Ditabranda – O Mito da Censura durante o Regime Militar: Uma Reavaliação Crítica

Stephen Kanitz faz uma “Reavaliação Crítica” da censura na Ditabranda

Stephen Kanitz
@StephenKanitz
Administrador, Empreendedor Social, Pai, e Marido
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Observe primeiro a imagem abaixo de uma edição do jornal “O Estado de São Paulo”, durante o período do regime militar brasileiro. Nesta edição, constata-se que somente 10% do conteúdo da página foi alvo de verificação factual, realizado por um militar, e substituído por trechos do épico português “Os Lusíadas”.

A análise das páginas subsequentes revela um conteúdo menos politizado e ideológico, com o aparecimento ocasional de “Os Lusíadas” em mais duas instâncias, totalizando três aparições. Dessas 62 páginas, apenas 10% de três páginas foram classificadas como “fake news” pelos militares e, consequentemente, não publicadas. Isso representa apenas 0,48% do total do conteúdo considerado tendencioso ou ideológico, um percentual bastante distante da noção de censura abrangente frequentemente associada à imprensa brasileira durante esse período.

No entanto, as distorções em relação à censura durante o regime militar nos livros de História do Brasil não se restringem a isso. De acordo com informações fornecidas pelo próprio “O Estado de São Paulo”, a censura ocorria em apenas 63 edições por ano, desmentindo a crença popular de que ocorria diariamente. Logo, a proporção do conteúdo censurado não ultrapassou 0,10%, e isso ocorreu apenas em cinco jornais.

Capa do jornal O Estado de São Paulo de Novembro de 1974

Os demais 361 nunca foram censurados, como é o caso notório do “Pasquim”, que consistentemente publicava matérias críticas ao governo. Assim, a censura militar afetou somente 0,003% de todas as notícias publicadas durante o regime militar. Repito somente 0,003%, algo que a Comissão Nacional da Verdade nunca publicou. Esses dados contrastam de maneira significativa com o cenário atual, teoricamente “democrático”, onde os principais jornalistas de direita são desmonetizados, presos, ameaçados, cancelados, coagidos e intimidados. Atualmente, 99% das notícias são ideologicamente carregadas, servindo a uma revolução política ao invés de reportar sobre o cotidiano do leitor. Nesse sentido, a real censura se encontra em nosso presente.

Até os Cadernos Literários são censurados, onde tudo é planejado com o intuito de moldar a mente do leitor a serviço de uma visão de mundo considerada prejudicial. Como exemplo, já fui censurado pelo Facebook, o que resultou em uma diminuição permanente no meu índice de alcance. Portanto, o período de censura no Brasil é agora, não em 1964.

Quando ela foi praticamente inexistente e não conseguiu erradicar completamente as “fake news” da época. A censura atual parece estar aqui para ficar. Portanto, é preciso estar atento e agir com muita cautela.

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