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Aviação de Busca e Salvamento celebra seus 56 anos

Atividade da FAB é especializada no resgate de vítimas de acidentes aéreos, resgates em alto mar ou em áreas inóspitas

Quando o assunto é Aviação de Busca e Salvamento, a frase que ecoa há 56 anos na Força Aérea Brasileira (FAB) é: “Eu sabia que vocês viriam!”. A expressão remete ao dia 26 de junho de 1967, quando cinco militares foram resgatados após o desaparecimento da aeronave C-47 FAB 2068 na selva Amazônica. A operação foi tão marcante que, por isso, a data foi escolhida para celebrar o Dia da Aviação de Busca e Salvamento. É ela que está sempre pronta para salvar vidas.

A Aviação de Busca e Salvamento – SAR (do inglês Search And Rescue) – é a atividade da FAB especializada no resgate de vítimas de acidentes aéreos, resgates em alto mar ou em áreas inóspitas, nas quais somente é possível chegar por meio aéreo. Os resgates são feitos com helicópteros, como o H-36 e o H-60L, devido à capacidade de realizarem voos pairados. As aeronaves de asa fixa que estão à disposição para as missões de busca são o SC-105, o P-3AM, o P-95 e o C-130.

Atualmente, dez Esquadrões compõem a aviação e estão localizados em todas as regiões do Brasil, sendo eles: 2º/10º GAV – Esquadrão Pelicano e o EAS – Esquadrão PARA-SAR, localizados em Campo Grande (MS); 1º/8º GAV – Esquadrão Falcão, em Parnamirim (RN); 3º/8º GAV – Esquadrão Puma, 1º/7º GAV – Esquadrão Orungan e 1º/1º GT – Esquadrão Gordo, no Rio de Janeiro (RJ); 5º/8º GAV – Esquadrão Pantera, em Santa Maria (RS); 2º/7º GAV – Esquadrão Phoenix, em Canoas (RS); 7º/8º GAV – Esquadrão Harpia, em Manaus (AM); e 3º/7º GAV – Esquadrão Netuno, em Belém (PA).

O Comandante do 2º/10º GAV – Esquadrão Pelicano, Tenente-Coronel Aviador Emanuel Patrício Beserra Garioli, fala sobre os desafios da missão de busca. “As aeronaves devem voar o mais baixo e o mais lento possível dentro de suas margens seguras, sobre regiões normalmente montanhosas, em épocas do ano em que a meteorologia não se apresenta da melhor forma; devem, sobretudo, voar sempre até o máximo de sua autonomia, permanecendo a tripulação a bordo por longas horas, uma vez que o tempo na área sempre é traduzido em maior chance de sucesso e maior chance de se encontrar a vida”, explica.

“Todo trabalho, todo treinamento e todo emprego do esforço aéreo se fazem válidos quando lembramos que esse elemento, essa abnegação, pode vir a ser o único fio que sustenta a vida de alguém. O espírito e a emoção envolvidos no caso do FAB 2068 jamais deixarão de fomentar as virtudes dos homens que juraram que por uma vida a ordem é lutar”, ressalta o Tenente-Coronel Emanuel.

A FAB está preparada para o resgate 24 horas por dia. No dia 9 de maio deste ano, por exemplo, o 1º/8º GAV – Esquadrão Falcão foi acionado para resgatar um homem de 54 anos com um grave trauma na região pélvica. A vítima estava a bordo do navio mercante Kynouria, das Ilhas Marshall, que se encontrava afastado do litoral de Pernambuco por cerca de 230 quilômetros. De acordo com o Comandante do Esquadrão, Tenente-Coronel Aviador Marcelo de Almeida Cândido da Silva, a tripulação em voo e todos os militares que ficaram em solo atuaram de maneira sinérgica para resgatar a vítima.

O procedimento realizado para resgate em navio exige perícia da tripulação, com uso de guincho e equipe de resgate, mas também grande coordenação entre o SALVAERO, o SALVAMAR, os militares do esquadrão e da Base Aérea de Natal (BANT). “Ficamos muito orgulhosos em presenciar o excelente espírito de corpo da Unidade Aérea, que permitiu chegar ao final do dia com mais uma vida salva. Missão cumprida!”, celebrou o Comandante.

Fotos: FAB

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