Nelson Düring
Editor-chefe
No tempo que o Programa F-X2 segue o seu funeral e aguarda a ordem definitiva para o enterro, o surge o Programa Dilmax-1, que não será um mero Programa F-X3.
Alguns fabricantes apostavam na vinda de Dilma Rousseff para mudar a sua sorte acreditando que com a presidenta poderiam escapar do destino de o Dassault Rafale ser o escolhido. Boeing e SAAB cacifaram a presidenta. A Dassault aguardava e esperava que tudo seguiria os seus trâmites burocráticos.
Os brigadeiros em sua eterna lua de mel, com os sonhos de meninos adolescentes, preparavam para mais uma guerra de análises e relatórios. E o ministro Jobim em procura para mais dados sobre como embasar a parceria estratégica Brasil-França.
Eis que surge o Dilmax-1. Surpresa geral na taba. Afinal, o que o Dilmax-1 será? Poderemos repetir o já gastos filmes e discursos dos Programa F-X1 e F-X2?
Lula foi vidente, ou “real politik”(por conhecer a cabocla), quando alertou que se a definição não ocorresse em seu governo, a Dilma poderia re-analisar a questão.
Os brigadeiros continuaram em suas posições adolescentes. Afinal a escolha do caça é para macho! Porém, com recursos de adolescente sonhador, em flertar, bebericando um copo de guaraná, a mais famosa moça do Saloon.
Dilmax-1 não está para estes sonhos e será baseado em: fatos dados e números. Isto é inadmissível um choque de realidade impensável para o alegre grupo dos brigadeiros.
O desenho preliminar do Dilmax-1 está pondo em polvorosa a esplanada dos Ministérios e o setor Militar Urbano. Teremos o PROSUMAX-1, SISFROMAX-1, KCMAX-1, Guaranimax-1, etc. Ora, as joias da coroa do tecnicismo-burocrático militar sendo analisados e cobrados, com : Fatos, Dados e Números.
Isto é pior que uma invasão do MSP ( Militares sem Programa).
A presidenta Dilma Rousseff recebeu os programas de investimentos militares e surpreendeu os seus interlocutores pelo conhecimento e discernimento sobre o assunto. Isto em reuniões com todos os comandantes militares.
Assim, senhores o Programa Dilmax-1, (vulgo-F-X3) terá um conteúdo novo no cenário militar brasileiro: a realidade.
Realidade que a República de São Bernardo do Campo talvez não consiga alterar.