Militares da FAB realizaram, durante 15 dias, simulações de busca e salvamento na terra e no mar na Base Aérea de Florianópolis
Agência Força Aérea, Tenente Wanessa Liz
Treinar tripulantes para o cumprimento da ação de Força Aérea de Busca e Salvamento em um cenário realista, com o objetivo de adestrar os Esquadrões e aprimorar táticas, técnicas e procedimentos, em ambiente terrestre e marítimo. Esse é o contexto do Exercício Operacional (EXOP) Carranca, realizado de 27/04 a 12/05, na Base Aérea de Florianópolis (BAFL).
As atividades ocorreram sob a Direção da Base Aérea de Canoas (BACO) e contou com a participação de mais de 200 militares das mais diversas Unidades da Força Aérea Brasileira (FAB), além de duas aeronaves da Aviação de Patrulha e de três da Aviação de Busca e Salvamento, que juntas alcançaram 250 horas de voo na operação.
Durante o treinamento, os Esquadrões aplicaram os conhecimentos de busca e salvamento e simularam diversas situações de resgate em áreas de difícil acesso, tanto na terra quanto no mar. Essas atividades visam garantir a eficiência operacional e a prontidão no emprego dos recursos da Força Aérea.
Os militares que atuam nessa área lidam com desafios complexos, como condições meteorológicas adversas, regiões remotas e a necessidade de resgatar pessoas em situações de risco iminente. O trabalho em equipe é primordial para manter a capacidade de resposta rápida diante desse tipo de situações desafiadoras. Por meio de treinamentos como esse, a FAB se mantém preparada para responder a qualquer eventualidade, reforçando sua missão de servir e proteger a sociedade.
Os Esquadrões envolvidos nas operações de busca, resgate e salvamento em território nacional, o são responsáveis por prestar auxílio a aeronaves em emergências, como acidentes, quedas ou desaparecimentos, além de realizar o resgate de pessoas em áreas de difícil acesso.
Além das ações de Busca e Salvamento os Esquadrões, também desempenham um papel importante em operações de apoio humanitário, como no transporte de órgãos, atendimento a vítimas de desastres naturais e apoio em missões de busca e resgate internacionais.
Participaram do Exercício o Primeiro Esquadrão do Sétimo Grupo de Aviação (1º/7º GAV) – Esquadrão Orungan; o Segundo Esquadrão do Sétimo Grupo de Aviação (2º/7º GAV) – Esquadrão Phoenix; o Terceiro Esquadrão do Sétimo Grupo de Aviação (3º/7º GAV) – Esquadrão Netuno; o Segundo Esquadrão do Décimo Grupo de Aviação (2º/10º GAV) – Esquadrão Pelicano; o Esquadrão Aeroterrestre de Salvamento (EAS) – PARASAR; a Divisão de Busca e Salvamento (DSAR) do DECEA; o Primeiro Esquadrão do Primeiro Grupo de Comando e Controle (1º/1º GCC) – Esquadrão Profeta; os Centros de Coordenação de Salvamento Aeronáutico (SALVAERO – Brasília, Curitiba, Recife e Manaus) e o SALVAMAR SUL do Comando do 5.º Distrito Naval da Marinha do Brasil.
Comunicações e Controle
Visando consolidar a doutrina de missões aéreas compostas por treinamento e emprego aéreo militar em ações conjuntas, o EXOP Carranca contou com uma complexa infraestrutura em telecomunicações, e com grande planejamento e capacitação dos participantes de diversas especialidades multidisciplinares.
A coordenação do Controle do Espaço Aéreo no EXOP Carranca-2023 ficou sob a responsabilidade do Primeiro Grupo de Comunicações e Controle (1º GCC), Unidade subordinada ao Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) e o Segundo Esquadrão do Primeiro Grupo de Comunicações e Controle (2º/1º GCC) – Esquadrão Aranha, localizados na BACO, com apoio do Primeiro Esquadrão do Primeiro Grupo de Comunicações e Controle (1º/1º GCC), localizado no Rio de Janeiro (RJ) e o Quarto Esquadrão do Primeiro Grupo de Comunicações e Controle (4º/1º GCC) – Esquadrão Mangrulho, localizado na Base Aérea de Santa Maria (BASM).
Além da estrutura, o 1º GCC dispõe de meios de Telecomunicações via satelital, serviços de intraer e internet, Telefonia em Voip e Rádios enlace HF e VHF, este apoio garante a estabilidade e segurança do tráfego das informações por meio de uma Rede de Tecnologia de informações exclusiva para o Exercício.
Por trás de cada decolagem para cumprir esse tipo de missão, existe uma equipe preparada e capacitada para realizar as ações de coordenação. Nessa edição, os militares que atuam nos quatro Centros de Coordenação de Salvamento Aeronáutico, conhecidos como Salvaero, também passaram pela primeira etapa da operação, aprimorando conhecimentos para agora colocar em prática o treinamento.
“Nós usamos cenários simulados de possíveis ocorrências, como um acidente aeronáutico, uma embarcação à deriva ou um homem ao mar. Esse cenário simulado chega pros subcentros de Coordenação de Busca e Salvamento ativados aqui na Operação Carranca. Por sua vez, esse subcentros recolhem informações juntamente da Marinha do Brasil (MB) e de outros órgãos para elaborar e para poderem de fato realizar a busca. Após isso, as tripulações decolam e realizam esse treinamento. Dessa maneira, a gente pode manter adestrado todo o sistema de Busca e Salvamento”, ressaltou o Major Aviador Kayo Coelho Sant Anna (Coelho).
O Comandante do Quinto Comando Aéreo Regional (V COMAR), Major-Brigadeiro do Ar Marcelo Fornasiari Rivero, falou sobre a importância de treinar em conjunto com os Esquadrões. “Esses exercícios são essenciais para manter a prontidão em caso de uma missão real. O treinamento faz a diferença nas missões de Busca e Salvamento”, concluiu.
O Comandante da BACO e Diretor do EXOP Carranca, Coronel Aviador Marcelo Zampier Bussmann falou sobre o sucesso do Exercício “A EXOP Carranca finaliza com seus objetivos operacionais cumpridos. Com isso, temos tripulações mais adestradas e treinadas para executar as missões de busca e salvamento em prol da sociedade brasileira”, finalizou.