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Brics expressam “profunda inquietação” com situação na Síria

Os países emergentes dos Brics expressaram nesta quarta-feira sua "profunda inquietação" frente a deterioração da situação militar e humanitária na Síria. Ao fim de uma cúpula de dois dias em Durban, África do Sul, os dirigentes destes cinco países emergentes pediram que seja implementado um "processo político conduzido pelos sirios".

"Expressamos nossa profunda inquietação frente a deterioração da situação securitária e humanitária na Síria e condenamos o aumento das violações aos direitos humanos e das leis humanitárias internacionais, enquanto a violência continua", escreveram os líderes dos cinco países – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – em um comunicado ao final da cúpula anual em Durban.

O presidente sírio, Bashar al-Assad, pediu aos países emergentes que forçam o grupo Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) que intervenham para deter a violência na Síria e acabar com o sofrimento de seu povo causado pelas sanções internacionais.

"Peço aos líderes do Brics para que trabalhem juntos para deter imediatamente a violência na Síria e assim garantir o êxito da solução política. Para isso, é necessária uma clara vontade internacional de cortar as fontes do terrorismo, de seu financiamento e armamento", indicou Assad em uma carta ao presidente sul-africano Jacob Zuma difundida nesta quarta-feira pela agência Sana.

"Vocês que procuram propiciar a paz, a segurança e a justiça no trastornado mundo de hoje, concentrem seus esforços para obter o cessar do sofrimento do povo sírio, causado por sanções econômicas injustas, contrárias ao direito internacional, e que afetam diretamente a vida e as necessidades diárias de nossos cidadãos", acrescentou Assad.

Em meados deste mês, a assessora de Assad, Busaina Shaaban, havia dito à AFP ter transmitido a Zuma uma mensagem do presidente sírio a fim de pedir "a intervenção do Brics para deter a violência em seu país e favorecer a abertura ao diálogo".

O presidente russo, Vladimir Putin, pediu ao Brics, antes do início de sua cúpula, que "coordene iniciativas para encontrar uma solução pacífica para a crise síria"

Irã
Os Brics também se posicionaram nesta quarta-feira sobre a crise diplomática entre o Irã e o Ocidente ao afirmar que "não há mais alternativa a não ser uma solução negociada para o assunto nuclear iraniano".

"Estamos preocupados pelas ameaças de intervenção militar, assim como de sanções unilaterais", afirmaram as cinco potências emergentes no comunicado final de sua quinta cúpula anual, que se encerra hoje em Durban, na África do Sul. "Reconhecemos o direito do Irã ao uso pacífico da energia nuclear de acordo com suas obrigações internacionais e apoiamos uma resolução do litígio mediante aos meios políticos e diplomáticos, além do diálogo", completaram.

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