PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DE UMA DISPUTA PELO PODER.
Pinto Silva Carlos Alberto[1]
(Algumas ideias)
Somente por meio de uma completa compreensão da política e do sistema político nacional pode se levar a disputa política, com um todo, ou qualquer de suas campanhas a um fim bem-sucedido. É o momento que a esse alto nível da “Grande Estratégia”, o líder político deve ser, também, estadista.
"Planejar uma estratégia", para se obter a vitória na disputa política, significa calcular um curso de ação que tornará mais provável ir da presente situação até uma futura, através da disputa política com eleições livres, e com participação relevante da sociedade nas ações.
Infelizmente, muitas vezes a maioria das pessoas não entende a necessidade de planejamento estratégico, ou não está acostumada ou treinada a pensar estrategicamente, e a formulação de estratégias para a disputa política pelo Poder exige, ainda, uma criatividade informada.
Num projeto político o que se pretende atingir, deve ser considerado ao determinarmos o Centro de Gravidade (CG) visando o Planejamento Estratégico da Campanha. A pergunta que deve ser feita é: O que se quer conseguir, isto é, qual é o objetivo? O seu CG é a essência do que lhe permite atingir esse objetivo seja de um ou de outro partido. Portanto, o fim e o que se conquistado permite atingi-lo estão estreitamente vinculados. A população é o “Centro de Gravidade” a ser conquistado e os líderes, as propostas e atividades políticas dos adversários vulnerabilidades que se atingida possa conduzir ou auxiliar a se ter resultados positivos.
É preciso considerar que na disputa, pela conquista do Poder, entre um governo democraticamente eleito contra uma oposição de esquerda, o objetivo da “Grande Estratégia”, não é simplesmente derrotar a oposição, mas desenvolver um sistema democrático e tornar difícil a ascensão pela “via pacífica “, de um governo socialista.
Para atingir estes objetivos, os meios escolhidos de disputa política pelo “Poder” terão de contribuir para uma mudança na distribuição de “poder efetivo” na atual sociedade, aumentando sua “relevância política”.
A população e as instituições da sociedade têm sido muito fracas e demonstrado pouco interesse na participação das disputas políticas, dando força a governo e uma oposição atuante.
Palavras, sons e imagens realizam pouco a não ser que sejam as ferramentas de um plano minucioso e de métodos cuidadosamente organizados. Se os planos são bem formulados e faz-se uso deles corretamente, as ideias transmitidas pelas palavras tornam-se parte integrante das próprias populações.
Quando, na democracia, o público é convencido da racionalidade de uma ideia, ele entra em ação (…) [que é] sugerida pela própria ideia, seja ela ideológica, política ou social (…) mas esses resultados não acontecem do nada (…) eles podem ser obtidos principalmente pela “Preservação do Senso Comum”, que é a manutenção de valores, tradições, costumes, modo de pensar, conformidade religiosa e social, sentimentos e outros elementos que dão à sociedade coesão interna, consenso e resistência a mudanças ideológicas.
No nível estratégico vontade do governo e, principalmente do povo, normalmente, são os fatores que decidem uma eleição.
Fontes de consulta:
– Andrew Kkorybko – Guerras Híbridas: A Abordagem Adaptativa Indireta com Vistas à Troca de Regime.
– Da DITADURA à DEMOCRACIA – Uma Estrutura Conceitual para a Libertação (Gene Sharp) – Tradução José A.S. Filardo São Paulo – Brasil