No ano em que completa seu 10º aniversário, a empresa gaúcha SkyDrones chega na próxima semana à feira DroneShow 2018, em São Paulo, apresentando credenciais de uma maioridade já reconhecida além-fronteiras.
Com o respaldo de um leque de inovações de inteligência em veículos aéreos remotamente pilotados para todas as áreas, desde o agro – monitoramento automático de lavouras, identificação de pragas e doenças, contagem de plantas e pulverização – até equipamento para resgates aquáticos com sistema de lançamento de boia auto inflável (que já alcançou sucesso internacional na Alemanha e está indo também para os Estados Unidos e Caribe).
Conforme o CEO da empresa, Ulf Bogdawa, o portfólio que a SkyDrones está levando para a feira no Centro de Convenções Frei Caneca, na capital paulista, abrange ainda projetos especiais como o a integração de uma câmera térmica FLIR de alta resolução específica para inspeção, rondas em indústrias com drones (SkyPatrol) e outros, que lhe garantiram no início do ano a certificação como Empresa de Defesa (ED) pelo Ministério da Defesa Brasileiro.
Com aparelhos capazes de fazer ainda a vistoria de redes elétricas (com reconhecimento automático de avarias e condições de manutenção de cada componente), mapeamento de ventos para parques eólicos e até monitoramento de dutos de petróleo.
Parcerias
Focada no mercado B2B, a empresa brasileira conta também com parcerias internacionais em diversas frentes para desenvolver soluções em TI empresariais para integrar automaticamente os dados captados pelos Veículos Aéreos.
Nesse caso, aliando a alta eficácia na interpretação em tempo real de imagens dos veículos da SkyDrones criaram-se conexões com as plataformas de gestão SAP, tornando praticamente instantâneo o caminho entre os levantamentos de campo e a logística para solução de problemas ou tomada de decisões.
Outra parceria da gaúcha foi demonstrada no início deste mês, com o lançamento no Brasil do drone Quantix. Dessa vez, um projeto da norte-americana AeroVironment para uso na agricultura. O aparelho, testado e ajustadopela SkyDrones durante cinco meses no Estado de Goiás, possui um sistema inovador que alia a precisão da decolagem e pouso vertical (como helicóptero) à velocidade, estabilidade e autonomia do voo horizontal (como avião), com alta tecnologia de captação de imagens RGB e multiespectrais e processamento imediato dos dados em um aparelho de apenas 2,5 quilos.
Além de ser o primeiro drone para uso civil de uma das maiores fornecedoras de aeronaves não-tripuladas para o Departamento de Defesa dos Estados Unidos.
Desdobrando para atender o Agro
A SkyDrones está apresentando ao mercado também a SkyAgri, uma spin-off resultante da crescente demanda dos aparelhos e tecnologias da empresa brasileira no setor primário do País. Nascida oficialmente em janeiro deste ano, a SkyAgri agora está buscando representantes em todo o País, como uma franquia de prestação de serviços.
Para isso a empresa oferece a tecnologia, treinamento e atualização constante dos softwares. “O pretendente compra um "kit" para o que é mais comum em sua região e também pode alugar um sensor mais específico ou componente mais sofisticado, para completar alguma demanda momentânea”, explica Bogdawa.
O futuro franqueado pode apostar mais em serviços de imageamento ou apostar em serviços de pulverização – neste caso, sendo o responsável pelas licenças ambientais e outros pré-requisitos legais para aplicações de produtos.
Podem ser até empresas de aviação agrícola que queiram completar a frota com aparelhos para atender lavouras pequenas ou áreas em terreno muito acidentado, muito próximas a zonas de exclusão ou mesmo com muitos obstáculos para aviões (como redes elétricas).
Entre os clientes que buscam os serviços, os franqueados poderão ser desde produtores rurais até empresas fornecedoras de insumos ou cooperativas. Ou ainda seguradoras e consultores que trabalham com mercado futuro de commodities.
“Além do monitoramento de pragas e doenças, avaliação da qualidade do solo e da nutrição das plantas (apontando exatamente onde precisam ser aplicados insumos), os drones podem realizar, por exemplo, a contagem das plantas e avaliar suas condições, o que permite estimar quanto será colhido na lavoura”, ressalta o CEO.