Julio Ottoboni
Apesar das dificuldades encontradas, a Polícia Federal brasileira está entre os principais usuários em Vants em todo mundo. O uso do aparelho Heron, de produção israelense, tem conquistado tanto a confiança como superado em eficácia as expectativas dos policiais. Tanto que o governo já pensa em adquirir novas unidades do aparelho, além das duas que possui.
“Em termos de segurança pública, o Brasil está um pouco a frente de outros países”, observou o gerente do projeto Vant da PF, o agente Álvaro Marques. Na América o Brasil é o pioneiro na porção sul e na parte norte, os Estados Unidos e o Canadá também adotaram o sistema de monitoramento de área por Vants.
O Heron está longe de ser um comparado a um brinquedo de adulto. Suas dimensões chegam quase a de um planador. São 16,6 metros de uma extremidade a outra da asa. Sua autonomia é de 36 horas de voo e atinge a altitude de 35 mil pés.
A busca por um Vant que suprisse a necessidade dos agentes federais vem desde 2008, quando teve início uma longa fase de testes e análises. “A Polícia Federal vinha estudando esse projeto junto a 25 países e pesquisou as características de mais de 200 vants”, explicou Marques.
Os aviões controlados remotamente são usados pelos sistemas de inteligência da polícia e também no patrulhamento de fronteira. O sistema de aquisição dos aparelhos foi um tanto difícil, seu início se deu em 2009, entre testes de contratos de manutenção, aprendizado de manejo e de viabilidades, e o procedimento definitivo ocorreu em 2010.
Os voos continuaram em 2011 e passaram a ter uma rotina fixa em 2013 e já somam mais de mil horas de operações. O emprego do sistema Heron tem sido tão bem sucedido que a direção da Polícia Federal discute a possibilidade de adquirir mais dois sistemas ou mais, completos, até o final deste ano. Como esse tipo de aquisição é classificada como secreta, o Ministério da Justiça provavelmente já deu curso para a chegada dos novos aparelhos.
“O grande diferencial, a vantagem imensa do Vant, é que o sistema dá uma margem para o policial ficar em solo, o que é estratégico em nossas ações”, comentou o gerente do projeto. “Reduziu muito o risco para o policial, deu uma garantia de segurança ao agente muito grande em campo. Sabemos desde o número de indivíduos até a situação do cenário”.
A base dos Vants brasileiros é na tríplice fronteira, local problemático, onde há tráfico de drogas, de armas de diversos calibres, evasão de divisas entre uma série de outros crimes. Inclusive numa área em que confrontos armados são comuns.
O grupo de operação de Vants da Polícia Federal está requisitada para trabalhar na Copa do Mundo, quando os aparelhos serão utilizados novamente em conjunto com as Forças Armadas, principalmente Aeronáutica e Marinha. “A Força Aérea é parceira em todas operações e o que temos hoje atende perfeitamente o exigido para a Copa”, assegurou Marques.
Nota DefesaNet
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