Membros do Poder Judiciário conhecem atuação das Forças Armadas na Região Norte

Ten Lorena Molter

Uma nova forma de olhar para a Amazônia: essa foi a experiência vivida por uma comitiva formada por membros do Poder Judiciário e de Órgãos essenciais da Justiça.

Entre os dias 13 e 15 de julho, a Assessoria Parlamentar e de Relações Institucionais do Comandante da Aeronáutica (ASPAER) e o Gabinete do Comandante do Exército Brasileiro receberam o grupo e apresentaram o trabalho da Força Aérea Brasileira (FAB) e do Exército Brasileiro (EB) na Amazônia Ocidental.

Um dos participantes, o Desembargador do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, Jamil Rosa de Jesus Oliveira, falou sobre os benefícios desse tipo de ação. “É importante porque nos proporciona ver de perto o trabalho que a Força Aérea desenvolve não só como Força de defesa, mas no seu aspecto social e de integração de todas as regiões da Amazônia com suas tarefas, atividades humanitárias, de apoio a outras Forças, de maneira que a gente possa ver isso de perto”, disse.

A visita da comitiva na Amazônia teve início em Manaus (AM), porém, antes, os visitantes conheceram o Campo de Provas Brigadeiro Velloso (CPBV), na Serra do Cahimbo (PA).

Na capital amazonense, iniciaram as atividades assistindo a uma palestra sobre o trabalho da FAB na Amazônia, ministrada pelo Comandante da Ala 8, Major-Brigadeiro do Ar Waldeísio Ferreira Campos.

O oficial-general disse considerar relevante a apresentação do trabalho da Aeronáutica para esse público. “É muito profícua essa visita do Judiciário para que eles possam ter conhecimento de causa e, a partir daí, julgar melhor as questões, esclarecer melhor as dúvidas e ter uma visão mais aproximada do que podem fazer para nos guiar no caminho da correção de nossas atitudes, de nossos documentos, e, enfim, da nossa legalidade, da qual não podemos fugir em hipótese alguma”, falou.

Dando prosseguimento às atividades, o grupo foi conhecer, de perto, as aeronaves operadas pelos Esquadrões Aéreos sediados na capital do Amazonas. A primeira parada foi no Esquadrão Pacau (1°/4° GAv) onde foi apresentada a aeronave de caça F5-EM.

Este avião, inclusive, fez uma demonstração de escolta da aeronave que trouxe a comitiva. Durante a apresentação em solo, também ocorreu o acionamento do alerta de defesa do 1°/4° GAv, que acontece quando uma aeronave não identificada ou hostil é detectada no espaço aéreo brasileiro.

Os visitantes também conheceram materiais do Grupo de Segurança e Defesa da Ala 8 (GSD 8) e alguns dos cachorros do Pelotão de Cães de Guerra que, entre outras atividades, neste ano de 2017, participaram de estratégicas operações de faro em presídios. Ainda na área de infantaria, o grupo conheceu alguns dos equipamentos do Segundo Grupo de Defesa Antiaérea (2° GDAAE).

Finalizando a visita na área operacional da Ala 8, foram apresentadas as aeronaves, materiais e equipagens dos Esquadrões Cobra (7° ETA), Arara (1°/9° GAv) e Harpia (7°/8° GAv), Organizações focadas na integração, na logística, no apoio a diferentes órgãos da nação e no desenvolvimento da Amazônia. “Para mim, foi sensacional.

A gente percebe a dimensão da Amazônia, embora a gente já saiba disso, mas, de longe, temos uma outra impressão e me deu muito orgulho do Brasil, das Forças Armadas, do trabalho deles, principalmente a integração regional, todo aquele trabalho de bastidor que a gente não costuma saber.

A gente acha que as coisas acontecem com muita facilidade, a gente percebe que a Amazônia é um outro país”, disse a Procuradora-Regional da Fazenda Nacional da 1ª Região, Adriana Gomes de Paula Rocha. O primeiro dia de visitas foi finalizado com uma palestra no Centro de Instrução de Guerra na Selva (CIGS), bem como a apresentação do zoológico localizado nessa Organização.

Na fronteira noroeste brasileira Do outro lado do Estado do Amazonas, mais precisamente no município de São Gabriel da Cachoeira (856 km de Manaus), o grupo conheceu o trabalho da Aeronáutica e do EB na fronteira noroeste do Brasil.

Para o Subprocurador-Geral da União, José Roberto da Cunha Peixoto, esse tipo de missão é importante pelo conhecimento que ela traz. “Se a gente não tem essa experiência, a gente não tem como saber o que acontece nos rincões do País, nos nossos limites extremos, na selva amazônica. Então, é importante saber o trabalho que é feito, o trabalho de limpeza dos marcos do País, que delimitam as fronteiras do País e que salvaguardam o território brasileiro” explicou.

Na ocasião, os visitantes conheceram o Destacamento de Aeronáutica de São Gabriel da Cachoeira. O Destacamento tem importante papel estratégico na fronteira, recebendo Unidades desdobradas em operações voltadas para proteção das fronteiras e abastecimento de pelotões localizados nos limites do País.

A comitiva também foi à fronteira do Brasil com a Colômbia, na comunidade de Iauaretê. Na localidade, conheceram o Destacamento de Engenharia da Comara (DECO-YA), responsável pela ampliação da pista de pouso local, fundamental para abastecer o Pelotão Especial do Exército sediado naquela área.

Fotos: Sgt Carleilson e Ten Karlla Marinho / FAB

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