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EXCLUSIVO – O Terror novas formas e ataques nos JO RIO2016


 

Júlio Ottoboni
Exclusivo DefesaNet

 
A cada dia os serviços de inteligência e o Exército brasileiro rastreiam e intensificam as buscas e a expulsão e prisão de potenciais terroristas do território nacional.  Nada mais desastrosos que um atentado para afundar de vez a já debilitada imagem do Brasil. Como se não bastasse a chegada das delegações de diversos países ao Rio de Janeiro e encontrarem prédios semiacabados ou em obras, locais de treinamento em péssimas condições, num despreparo para sediar os Jogos Olímpicos. Esta etapa parece estar superada, ou ultrapassada.

A preocupação agora é o começo de manifestações de rua incorporando o movimento “Não Vai Ter Golpe, Vai Ter Luta” (ver vídeo do Dep Paulo Pimenta abaixo) ou outros de forma oportunista. O Exército tem treinado a dispersão de protestos nas ruas do Rio, dentro das ações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) e busca conseguir impedir ou conter essas ações, pois têm um alto potencial para infiltração de um lobo solitário e a ação de explosivos e o uso de armamentos leves.

Para muitos analistas a ação do ex-senador Eduardo Suplicy na semana passada em fazer-se deter pela PM/SP foi o exercício de uma ação secundária. (ver Suplicy é detido em protesto contra reintegração de posse Link)

Além dos patrimônios históricos que são potenciais alvos, como o Estádio do Maracanã, Cristo Redentor, o Bondinho, diversos shopping centers que estarão lotados de turistas, surgiu agora uma outra possibilidade até então deixada em segundo plano: o ataque nas praias e bares. Mesmo com os jogos transcorrendo em pleno inverno, a cidade sempre terá como seu maior apelo turístico ‘as praias cariocas e seus bares’, como são conhecidos no exterior.

Como é característica dos frequentadores das praias mais disputadas no Rio, qualquer pessoa age gentilmente a um pedido de olhar a mochila, a esteira e os chinelos de qualquer pessoa. Bastou que se peça o favor, particularmente quando se trata de estrangeiros. Isso torna muito simples plantar uma bomba de imenso poder destrutivo numa praia e sem grandes complicações para um terrorista treinado a buscar locais cheios e que rendam, além de muitas mortes e mutilações, uma grande repercussão a sua causa.

Além da cultura do ‘olha pra mim’, os quiosques, bares e mesmo vendedores ambulantes com suas caixas de isopor se tornaram uma imensa dor de cabeça para agentes da inteligência e do exército buscam identificar como prováveis pontos de atos terroristas. São 45 praias e 73 quilômetros de extensão. Em dias ensolarados praticamente um milhão de pessoas frequentam as praias e as ruas da orla são completamente tomadas a noite.

A cartilha distribuída junto à população está longe da realidade carioca. O foco é o Metro, trens e shoppings, como atentar para pessoas que ‘tiram fotos de locais de segurança ou usam mochilas e roupas inadequadas e "destoantes das circunstâncias e do clima".
 

Procedimentos Exógenos


Os integrantes do próprio Exército Brasileiro ironizam as recomendações, que foram feitas (em muitos casos impostos), pelos serviços de inteligência dos EUA e da União Europeia (ouvir a entrevista da Embaixadora Liliana Ayalde à Rádio CBN).

“Essas recomendações são inócuas e podem ainda causar problemas com inúmeros contatos sobre suspeitos, que na verdade são moradores locais que usam mochilas e muitos funcionários do tráfico que usam os moletons com capuz. Imagine fiscalizar essa situação apenas dentro de um ônibus no final da tarde que vai das praias para o subúrbio, seria algo que beira o absurdo”, comenta o militar. (ver Nota Oficial ABIN Link)
 
Por isso os ônibus e o transporte público da cidade também se tornou um ‘calcanhar de Aquiles’ para todo o procedimento de investigação contra os terroristas. 

Cartilha distribuída à população do Rio de Janeiro


“Há duas coisas extremamente democráticas no Rio de Janeiro, primeiro são as praias e depois os calçadões, ali não tem jeito, todo mundo é igual, seja brasileiro, gringo turista e terrorista”, observou. A preocupação segundo a fonte militar é agora as favelas e o tipo de acerto que está sendo feito entre os donos dos morros e possíveis terroristas.

“Está havendo um movimento imenso de turista subindo o morro literalmente.  Os moradores estão alugando quartos quando não a casa toda para grupos de estrangeiros, ali eles tem a segurança do tráfico, drogas e a própria comunidade os protegendo. Então temos uma situação praticamente incontrolável. Para o estrangeiro tem um glamour especial dizer que se hospedou numa favela, além dos preços serem bem mais em conta e ter todo a estrutura que encontrariam no asfalto”, observou.

Os preços dos hotéis, taxis e outros serviços, inclusive os restaurantes, subiram demasiadamente nas últimas semanas. Isso está intensificando a busca por essas alternativas de habitação temporária. Em muito já indicado por outros turistas estrangeiros e até mesmo por atravessadores que buscam esse tipo de público para estimular o negócio.

Além dos pontos turísticos tradicionais, que já serão patrulhados, essas são novas preocupações para os agentes, militares e até mesmo voluntários que serão treinados para reconhecer uma situação de possível ato terrorista na cidade.

Bomba. Que Bomba?

O conceito clássico passado de que sempre haverá uma bomba ou os terroristas procurem atentados com explosivos não tem sido o padrão nos últimos atentados.

Mas a ameaça de bomba pode ser usada como um efeito retardador das ações de Forças Antiterrorismo. Ver que após 16 min de troca de tiros com o terrorista da Boate Pulse, em Orlando, as Forças de Segurança se afastaram por ameaças de bombas internas e externas montadas em automóveis estacionados próximos à boate, e ficaram imobilizadas por 3 horas.

O resultado foi trágico, pois de 66 vítimas retiradas com vida do local, somente 17 sobreviveram.

FDNY-OrlandoAttack_Page_08

FDNY : Center for Terrorism and Disaster Preparedness (July 2016)

Luz, Câmera, Ação!

 
O objetivo número um de toda e qualquer ação terrorista é de que ela tenha o máximo de repercussão na mídia. Por isso os atentados espetaculosos.

Porém, com as mídias sociais e a comunicação instantânea, sem possibilidade de ser controlada ou censurada criou um outro perfil. As ações devem durar o maior tempo possível para que repercutam intensamente nas mídias sociais.
 
Ação sem Penalização
 
Mesmo com a Lei 13.260/16,  publicada no dia 17 Março 2016, que disciplina e classifica atos de terrorismo, as ações dos corporativismo dos advogados nos dá a certeza que o “garantismo” penal judiciário brasileiro trabalhará ativamente para minimizar penas a serem impostas aos terroristas.   (ver a matéria Operação Hashtag – Chance de soltura de grupo é mal recebida Link)
 

O pior cenário

As ações das gangues criminosas  que ocorreram neste fim de semana no Estado do Rio Grande do Norte. Está previsto o emprego de 1.200 militares. Junte-se s prevista para acontecer no Rio Grande do Sul, na quinta-feira (04 Agosto2016), onde os comandos da Brigada Militar e Polícia Civil, amplamente dominados ideologicamente pelo Partido dos Trabalhadores, que ameaçam recolher suas forças por questão de pagamento, e outros que possam ocorrer podem esgarçar as Força Militares em atender às demandas regionais.

Aqui entra o fator político mixado com outras questões oportunistas, que têm tirado o sono dos planejadores militares. Ver o vídeo do Deputado Paulo Pimenta em Caracas, Venezuela, junto aos redutos Bolivarianos (abaixo).

1 – Entrevista da Embaixadora Liliana Ayalde Rádio CBN (28 JUL2016)

Brasil e Estados Unidos firmaram uma parceria entre suas agências de inteligência para garantir a segurança durante a Olimpíada. A embaixadora dos EUA no Brasil, Liliana Ayalde, garante que a cooperação em mega eventos rende benefícios desde 2011.

A embaixadora reitera que o objetivo principal da parceria é pessoas de todas as nações possam aproveitar os Jogos e se sentir seguros. Ao menos 100 mil torcedores norte-americanos devem vir ao Brasil para a Olimpíada, além dos membros da delegação.

'O terrorismo é um risco em qualquer lugar do mundo hoje em dia, então a prevenção é a chave para a segurança', considera a embaixadora. Ela ainda reforça que a Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) tem atendido às expectativas.

2 – Vídeo colocado na página do Deputado Paulo Pimenta (PT/RS).

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