Operação Alta Pressão VIII: irregularidades administrativas são encontradas no comércio de armas e munições

O Comando da 5ª Região Militar (5ª RM) encerrou, nos Estados do Paraná e Santa Catarina, a Operação Alta Pressão VIII. A atividade inopinada contou com 24 equipes do Exército, em parceria com órgãos de segurança pública e a Receita Estadual, que fiscalizaram 129 pontos de comércio de vendas de armas e munições. Foram autuadas 23 empresas por irregularidades administrativas. Em número de apreensões, foram quatro armas de pressão e 826 munições encontradas com irregularidades na documentação comprobatória da venda.   

O General Aléssio Oliveira da Silva, Comandante da 5ª RM, acompanhou as fiscalizações da Operação Alta Pressão VIII presencialmente e também recebeu informações instantâneas enviadas pelas equipes durante os três dias de Operação, de 7 a 9 de maio.

Com o aumento de interessados por produtos controlados como armas e munições, o Sistema de Fiscalização de Produtos Controlados (SisFPC) da 5ª RM  aumentou o efetivo com a criação de uma unidade de fiscalização no 3º Regimento de Carros de Combate (3º RCC), na cidade de Ponta Grossa, e também o número de empresas fiscalizadas em cada Operação.

“Percebemos uma preocupação constante do empresariado no trato com produtos controlados. Devido às punições e sanções ocorridas ao longo dos anos, as irregularidades diminuem a cada ano”, afirmou o Coronel Paulo Aguiar, Chefe do Serviço de Fiscalização de Produtos Controlados da 5ª RM (SFPC/5).  

No ano passado, 117 empresas foram fiscalizadas e 27 armas, 2.314 munições, 32 peças de armas, 106 estojos e 2 mil espoletas apreendidas por irregularidades.

Fiscalização minuciosa

A equipe é grande. Militares acompanhados de integrantes dos órgãos de segurança pública chegam às empresas-alvo sem aviso. O proprietário ou representante da loja de armas e munições precisa apresentar toda a documentação solicitada pela fiscalização e comprovar o estoque disponível apresentado no sistema e em seus depósitos.

Toda essa atividade é demorada e minuciosa, mas necessária e vista com bons olhos. “A abordagem do Exército é feita de maneira humanizada e receptiva. É muito importante essa fiscalização, que mostra ao público final a solidez e rigidez do sistema de comércio de armas e munições”, comentou Anderson Costa, proprietário da Falcon Armas. “Para vender uma munição, uma única munição, preciso apresentar uma série de documentos à equipe do SFPC/5. Imagine então para vender uma arma”, comenta ainda.

São mais de 22 mil colecionadores, atiradores e caçadores com registros de armas nos Estados do Paraná e Santa Catarina.

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