10 de Junho – Dia da Artilharia

No dia 10 de junho, comemora-se o dia da Artilharia, data do nascimento do seu ilustre patrono, o Marechal Emílio Luis Mallet – Barão de Itapevi. Nascido em Dunquerque, na França, veio ainda jovem para o Brasil, onde foi convidado pelo Imperador D. Pedro I a ingressar nas fileiras do Exército Brasileiro. Militar de conduta exemplar, foi credor de mérito todo especial por ter-se consagrado e dedicado de corpo e alma à Pátria que o adotou.
 
Mallet, o primeiro dos Patronos, foi invicto em todas as campanhas das quais participou. Na Guerra da Cisplatina, como tenente e capitão, na Guerra contra Oribe e Rosas, como major, e na Guerra contra Aguirre, como tenente-coronel.
 
Durante a Guerra da Tríplice Aliança, sob o comando de Mallet, a Artilharia brasileira fez tombar os mais audazes adversários. Esteve presente desde o cerco a Uruguaiana até a Campanha das Cordilheiras, destacando-se: batalha do Passo da Pátria, de Estero Bellaco e de Tuiuti. Nesta última, também conhecida como Batalha dos Patronos, houve o episódio mais marcante da guerra. Era o ano de 1866, Mallet determinou a construção de um fosso largo e profundo, separando a artilharia brasileira do furioso ataque da cavalaria inimiga. A construção silenciosa desse enorme fosso tinha, na surpresa, o seu maior trunfo. As terras retiradas foram espalhadas com bastante cuidado, de maneira a não formarem parapeito ou denunciarem a fortificação.
 
Assim, quando a carga inimiga avançou, lá estavam as 24 peças de canhões La Hitte, aguardando inertes e prontas o comando de “fogo”.
Mallet, então, proferiu a célebre frase: “Os primeiros são para o buraco. Precisamos honrar o fosso que tanto nos deu trabalho. Eles que venham! Por aqui não passam!”.
 
Ao comando de “Fogo”, a artilharia fez-se ouvir e respeitar. Foram 28 cargas de cavalaria que se debateram sem sucesso. A rapidez e a precisão dos tiros, sob o comando de Mallet, fizeram que a chamassem de “artilharia revólver”.
 
Seja na Campanha da Tríplice Aliança sob o comando de Mallet, seja em Canudos, com o Capitão Salomão da Rocha, seja na 2ª Guerra Mundial, nos campos de batalha da Itália, comandada pelo General Osvaldo Cordeiro de Farias, a Artilharia brasileira foi sempre temida por seus fogos precisos e letais, obtendo papel primordial nas conquistas realizadas.
 
Hoje, a Arma de Artilharia agrega os sistemas operacionais apoio de fogo e defesa antiaérea. O primeiro é o responsável por apoiar as armas-base pelo fogo, destruindo ou neutralizando os alvos que ameacem o êxito das operações, buscando, ao máximo, o aprofundamento do combate. O segundo é o componente terrestre da defesa aeroespacial ativa do país, defendendo forças, instalações ou áreas.

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