Militar da Aeronáutica é preso por suspeita de transportar droga na Espanha

Um militar da Aeronáutica foi detido hoje no aeroporto de Sevilha, na Espanha, por suspeita de transportar drogas. A informação é do Ministério da Defesa, em nota.

 

A pasta diz que os fatos estão sendo apurados e que foi determinada a instauração de Inquérito Policial Militar (IPM).

Na mesma nota, tanto o ministério como o Comando da Aeronáutica disseram repudiar atos dessa natureza e que darão prioridade para a elucidação do caso, com aplicação de "regulamentos cabíveis".

 

O UOL solicitou mais detalhes sobre o caso à assessoria de comunicação social do ministério, que não respondeu às questões feitas. Não foi informado se o militar estava na Espanha a trabalho, nem se o avião era civil, ou militar.

 

Nesta noite, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) decola de Brasília rumo a Sevilha. De lá, o presidente seguirá viagem rumo ao Japão, onde participa de reunião do G-20.

 

No Twitter, agora à tarde, ele disse que foi informado da detenção e determinou ao ministro da Defesa, general de Exército Fernando Azevedo e Silva, "imediata colaboração com a Polícia Espanhola na pronta elucidação dos fatos, cooperando em todas as fases da investigação, bem como instauração de inquérito policial militar".

 

Bolsonaro disse ainda que as Forças Armadas têm em seu contingente "cerca de 300 mil homens e mulheres formados nos íntegros princípios da ética e da moralidade" e que, caso o envolvimento do militar venha a ser comprovado, que ele seja "julgado e condenado na forma da lei".

 

Histórico

 

Esta não é a primeira vez que militares brasileiros são presos em circunstâncias parecidas. Em 2011, um coronel da reserva foi penalizado com a perda do posto e da patente pelo Superior Tribunal Militar (STM) pelo tráfico de cocaína em aviões da Força Aérea Brasileira (FAB).

 

Antes, ele já havia sido condenado pela Justiça Federal a 17 anos de prisão. Outros dois oficiais da Aeronáutica envolvidos no caso foram condenados a 16 anos de reclusão, cada um.

 

Segundo os autos, o coronel integrava uma quadrilha especializada em tráfico internacional de drogas para a Europa, mediante a utilização de aeronaves da FAB. O militar foi preso, em flagrante, no dia 19 de abril de 1999, com 32 kg de cocaína, escondidos em malas de viagem, com destino a Las Palmas, Ilhas Canárias.

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Extrato de 23 páginas, com o Caso FAB, do RELATÓRIO DA COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO DESTINADA A INVESTIGAR O AVANÇO E A IMPUNIDADE DO NARCOTRÁFICO- Câmara Federal – 2000

O CASO FAB – CPI Narcotráfico Câmara Federal 2000 by on Scribd

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