O Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão, está pronto para uso pelos países parceiros, Estados Unidos, França, Rússia e Israel, disse o ministro da Defesa, Raul Jungmann, durante o Fórum de Investimentos Brasil 2017, em São Paulo.
“Está pronta e acabada, é só virar a chave. Com aquela localização [privilegiada], a gente precisa, de fato, gerar recursos”, declarou o ministro durante o Fórum de Investimentos Brasil 2017, na capital paulista.
Segundo Jungmann, o Ministério das Relações Exteriores (MRE) firmou acordo com os Estados Unidos, que deve ser o primeiro país a utilizar o centro. A França também enviou, há um mês, uma equipe que conheceu a unidade. No entanto, ainda não há prazo para o início das operações.
O ministro citou a dificuldade de expansão da base por causa da questão quilombola. A área de 60 mil hectares foi desapropriada, restando 8 mil hectares para os lançamentos da plataforma.
“Se você tiver mais 12 mil hectares, e isto está em negociação, você vai poder colocar até seis países no centro de lançamento. Seria uma melhora muito grande nos recursos”, disse. Segundo ele, com a expansão, os recursos passariam de US$ 1,2 bilhão para US$ 1,5 bilhão.
A base opera no lançamento de foguetes em menor escala. “Não tem lançamento de satélites, tem de foguetes de pesquisa.”
Exportação
O ministro destacou ainda algumas possibilidades de exportação de equipamentos de defesa brasileiros. Segundo ele, a aeronave Embraer KC-390 será apresentada a países como Suécia, República Tcheca, Polônia e Eslováquia.
Há ainda radares, que despertaram interesse da França, sonares e submarinos. “O [submarino blindado] Guarani é uma boa oportunidade, é um equipamento relacionado à tecnologia de alta intensidade com potencial enorme”, disse.