Rússia ordena redução de diplomatas dos EUA

O Ministério do Exterior da Rússia ordenou nesta sexta-feira (28/07) um corte no número de diplomatas na embaixada dos EUA em Moscou e nos consulados americanos em resposta às recentes sanções impostas pelos Estados Unidos.

"Solicitamos à parte americana que, a partir de 1º de setembro, reduza o número de diplomatas e colaboradores que trabalham na embaixada dos EUA em Moscou e nos consulados de São Petersburgo e outras cidades", diz o comunicado.

Com a medida, o corpo diplomático nas representações americanas na Rússia será reduzido para 455 pessoas, o mesmo número do pessoal diplomático russo nos EUA.

O governo russo também anunciou que, a partir de 1º de agosto, a embaixada dos EUA não poderá mais utilizar armazéns na capital russa nem uma mansão de veraneio disponibilizada pelo governo russo em Serebrianyi Bor, uma área nobre nas proximidades de Moscou.

"Nós nos reservamos o direito de adotar, com base no princípio de reciprocidade, novas medidas que podem afetar os direitos dos EUA", diz o documento. O anúncio foi feito um dia depois de o Congresso americano votar a favor de uma lei que endurece as sanções contra a Rússia.

"Isso confirma mais uma vez a extrema agressividade dos EUA nos assuntos internacionais", diz a nota, que acrescenta que o governo americano não leva em consideração interesses e posições de outros países.

Ao ressaltar que a Rússia "fez e faz todo o possível" para normalizar as relações bilaterais e estabelecer cooperação com os EUA em assuntos como a luta contra o terrorismo, a proliferação de armas e os crimes na internet, a chancelaria russa destacou que os EUA "empreendem com insistência grosseiras ações anti-Rússia sob o pretexto, totalmente fictício, de ingerência russa em assuntos internos".

Segundo Moscou, a lei de sanções procura criar uma posição vantajosa para os EUA na economia global e representa uma ameaça para outros países.

As novas sanções impostas pelo governo americano são uma resposta à suposta interferência de Moscou na eleição de 2016, bem como à anexação da Crimeia pelo país em 2014. Aprovado com apoio de republicanos e democratas, o pacote também inclui sanções à Coreia do Norte e ao Irã.

A porta-voz do embaixador americano na Rússia, Maria Olson, disse que o diplomata John Tefft expressou "forte desapontamento e protesto" contra as medidas tomadas pelo governo do presidente Vladimir Putin.

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